Uma operação conjunta deflagrada nesta quinta-feira (8/2) pela Polícia Federal (PF) e pela Receita Federal, em São Paulo, investiga uma organização criminosa suspeita de importar, produzir e distribuir metanol irregularmente. A substância seria utilizada para adulterar combustíveis.
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santo André, Poá, Arujá e Bertioga, na manhã desta quinta-feira (8/2). Segundo informações da PF, com os investigados foram apreendidos bens, entre carros e relógios de luxo, além de diversas notas de dólar, euro e real.
Autoridades identificaram dois grandes núcleos beneficiários da adulteração dos combustíveis. De acordo com a PF, os dirigentes das empresas envolvidas não apresentavam “capacidade financeira compatível com os valores transacionados”. A corporação indica que, “provavelmente”, pessoas foram utilizadas para ocultar o dinheiro do esquema.
As investigações começaram em maio de 2023, quando a Polícia Rodoviária Federal apreendeu um caminhão tanque carregado com mais de 30 mil litros de metanol, sem documentação fiscal. O produto passou por perícia, que confirmou se tratar de álcool metílico, preparado para ser usado irregularmente como combustível.
A legislação brasileira impede o uso do metanol como combustível, tanto que a destinação desse produto é restrita, sendo permitida sua utilização como matéria-prima para fins de sintetização de produtos químicos geralmente usados na produção de adesivos, solventes, pisos e revestimentos.