O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, afirmou hoje que aguarda uma alta em torno de 0,20% para o indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no encerramento de novembro. Se confirmada a expectativa, a inflação no conjunto das sete capitais brasileiras pesquisadas pela instituição – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife – seria 0,07 ponto porcentual maior do que a verificada em outubro, quando a taxa foi de 0,13%.
Hoje, a FGV informou que o IPC-S da terceira quadrissemana de novembro (últimos 30 dias encerrados em 22/11) subiu 0,09% ante 0,06% da segunda quadrissemana do mês (30 dias terminados em 15/11). O resultado ficou dentro das expectativas, de 0,01% a 0,11%, de analistas do mercado financeiro consultados pela Agência Estado.
De acordo com Picchetti, a projeção de uma aceleração no índice do mês em torno de 0,11 ponto porcentual sobre o resultado da terceira quadrissemana leva em conta algumas pressões localizadas, principalmente ligadas ao grupo Alimentação. Segundo ele, os preços do segmento carne bovina e do item feijão, já em alta, devem pressionar mais a inflação. “A carne deve continuar tendo uma participação maior, já que vem apresentando altas fortes no atacado, que devem chegar ao consumidor”, disse.
Na terceira quadrissemana do mês, o segmento carne bovina subiu 4,35% e contribuiu com 0,11 ponto porcentual da inflação medida pela FGV. O preço do feijão carioquinha, por sua vez, avançou 20,49% no mesmo período e representou 0,05 ponto porcentual do IPC-S. “Se não fossem estas altas, haveria uma deflação”, comentou Picchetti.