domingo, 17 de novembro de 2024
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Carnaval não aumenta casos de DST

As festas de carnaval não influenciam na incidência de doenças sexualmente transmissíveis (DST). A ocorrência das DST antes e depois do carnaval se mantém praticamente inalterada. A conclusão é de…

As festas de carnaval não influenciam na incidência de doenças sexualmente transmissíveis (DST). A ocorrência das DST antes e depois do carnaval se mantém praticamente inalterada.

A conclusão é de pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF), divulgada hoje (23). Segundo o estudo, a idéia da promiscuidade e do “forte apelo sexual” no período do carnaval pode ser um mito.

“Os dados indicam que a relação entre a maior sexualidade e carnaval pode ser um grande mito, pois não há mais abortos, partos e DST na população”, diz o texto.

Mesmo sem pesquisar um possível aumento do número de relações sexuais, a autora do estudo, a médica Wilma Arze, constatou que o pico de manifestação das três DST estudadas, comprovadas por meio de atendimento médico, não coincidiam com o período próximo ao carnaval.

Segundo a pesquisa, nos cerca de 2,5 mil pacientes que procuraram pela primeira vez o serviço médico da UFF entre 1993 e 2005 com gonorréia, sífilis ou tricomoníase, as doenças apareceram entre os meses de junho e julho, e não entre março e abril, período seguinte ao carnaval. A pesquisa descontou o tempo de incubação das doenças.

“Uma suposta maior contaminação no período do carnaval não gerou um maior número de consultas no setor de DST, não se confirmando a hipótese de que o carnaval geraria um maior número de contaminações”, diz a pesquisa de Wilma Arze.

A médica mostra também que o pico de partos, tanto no estado do Rio quanto em Niterói, foi registrado em maio, mostrando que as mulheres engravidam em agosto do ano anterior e não em fevereiro.

Ainda segunda a pesquisa, como não houve aumento da incidência das DST nem antes nem após o período do carnaval, constata-se que as pessoas correm o mesmo risco de pegar uma dessas doenças durante todo o ano. “Transar sem camisinha é o maior fator de risco”, alerta Wilma Arze. Segundo ela, para que haja uma redução dos casos, campanhas de prevenção devem ser contínuas.

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