O técnico Fábio Carille ironizou as críticas feitas pelos torcedores de que ele é retranqueiro. Após a vitória do Corinthians contra o Bahia, ele tentou responder com bom humor aos assuntos polêmicos e manteve a opinião sobre ter colocado a culpa na falta de experiência de seus jogadores na derrota na Copa Sul-Americana para o Independiente Del Valle, do Equador.
Na última sexta-feira, no protesto da Gaviões da Fiel no CT Joaquim Grava, em São Paulo, uma faixa foi estendida com as palavras: “Carille retranqueiro”. “Foi legal pra caramba, cara. Os amigos ligaram todos preocupados e tal. Foram lá e me chamaram de retranqueiro só. Está bom. Estou com moral com eles”, ironizou o treinador.
“Já vi vários protestos serem bem piores. Aconteceu numa sexta-feira pela manhã, não atrapalhou nada nosso trabalho. Fiquei sabendo pela nossa assessoria, nosso treino estava planejado. Trabalhamos tranquilamente lá dentro. Mas foi engraçado, quando mexi no celular, amigos e outros técnicos preocupados e acabei brincando. Só me chamaram de retranqueiro? Está bom, faz parte”, complementou.
Logo após a derrota para o Independiente Del Valle por 2 a 0, no jogo de ida da semifinal da Sul-Americana, em casa, Carille disse que os “meninos” Mateus Vital e Pedrinho sentiram a pressão de uma partida internacional. As declarações repercutiram no decorrer da semana.
“Sou muito sincero no que eu falo, nosso time precisa ser cascudo em alguns jogos. É a minha sinceridade. Se caísse mal perante ao grupo acha que iam correr hoje (sábado) como correram? Tenho um grupo inteligente, sabe o que estou falando. Eles respeitam a minha opinião, e eu respeito a deles, e vamos para o campo trabalhar. Eu continuo com essa ideia, de 10, 11 anos de Corinthians. Não estou ofendendo ninguém, simplesmente estou dando minha opinião. Raça não está faltando, pode estar faltando melhor taticamente da minha parte, da parte técnica dos atletas. Sou sincero, não é a primeira vez que falo alguma coisa”, opinou.
O treinador também comentou as polêmicas em relação ao árbitro de vídeo. Na partida contra o Bahia, o VAR precisou entrar em ação por três vezes em lances de pênaltis. Ele anotou um para o Corinthians e outro para o Bahia. Também deixou de marcar uma penalidade a favor dos visitantes.
“Quero acreditar que ainda está sendo o primeiro ano. Tive experiência na Arábia (Saudita) e foi muito legal. Lá não ia na televisão, confiava. Eram todos árbitros da Europa, um brasileiro apitou lá. Escutava e não ia para ver, uma vez ou outra ia, quando tinha dúvida mesmo. Está sendo experiência, muitas coisas têm melhorado. Algumas coisas nunca vai ser 100% em lugar nenhum, mas com certeza é mais justo. Não vi os lances ainda. Mas acredito que é para o bem do futebol, é mais justo. Cada ano que foi passando os erros vão ser menores”, afirmou.