Carcaças de diversos animais foram encontradas descartadas irregularmente em um terreno às margens da Rodovia BR-153, em São José do Rio Preto (SP), na tarde desta terça-feira (21).
De acordo com a Polícia Militar Ambiental, uma denúncia anônima fez com que equipes da corporação constatassem a irregularidade.
“Vamos fazer uma investigação com a Polícia Civil, Polícia Científica e Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para descobrir quem descartou os animais e responsabilizá-lo criminalmente e administrativamente”, explicou o tenente Fábio Leme.
Ainda conforme a Polícia Ambiental, ossos de cachorros, gatos, carneiros, bois, cavalos e macacos foram encontrados, além de sacos plásticos, coleiras e itens hospitalares.
“O perigo são as bactérias e vírus dos animais atingirem o lençol freático. A chuva faz com que os dejetos cheguem ao manancial e à água que usamos na nossa cidade. Não sabemos precisar a quantidade, mas tem bastante animal”, disse Fábio.
O terreno onde as carcaças foram encontradas fica próximo a um hospital veterinário particular. A universidade responsável por administrá-lo negou o descarte irregular e disse que paga uma empresa para realizar o serviço.
“Esta empresa nos fornece comprovantes a cada coleta e notas fiscais mensais. Sabemos que descartar lixo hospitalar de forma irregular é crime ambiental gravíssimo e tal ato não condiz com nossos preceitos, indo na direção contrária à consciência ecológica que ensinamos aos nossos alunos e funcionários”, disse a universidade em nota.
Também foram localizadas sacolas plásticas com o nome da Diretoria do Bem Estar Animal (Dibea) de Rio Preto. A Secretaria de Saúde afirmou que os animais que morrem são encaminhados para a empresa contratada para o serviço de incineração.
“A Dibea espera que as autoridades competentes apontem os eventuais responsáveis pelo fato verificado”, alegou em nota a Secretaria de Saúde.
Já a empresa contratada pelo hospital veterinário alegou que não realiza o descarte de animais de forma irregular.
“Os animais são recolhidos, tratados e encaminhados para incineração”, afirmou a empresa em nota.