Até que ponto chega a maldade de um ser humano. Um cachorro sem raça definida foi covardemente espancado na zona rural de Nhandeara, e quase perdeu a vida, há cerca de 15 dias.
O animal foi resgatado e encaminhado para uma clínica veterinária, onde permaneceu internado durante duas semanas para tratamento.
O caso foi exposto em redes sociais. Assim que deu entrada na clínica, foi constatado que o cão estava desnutrido, debilitado e com muita dor (devido principalmente à fratura exposta sofrida em virtude da agressão). Batizado de Sultão, o animal teve que fazer transfusão de sangue, pois seu estado de saúde era muito grave.
Após o procedimento, o cachorro passou por uma delicada cirurgia em que foi necessário realizar a amputação de uma de suas patas traseiras. Também foi registrado na delegacia um Boletim de Ocorrência de maus tratos, conforme a lei 9.605/98, art. 32, que diz: “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: pena – detenção, de três meses a um ano, e multa no valor de R$ 3.000,00”.
“Por isso, a terrível ação praticada contra Sultão é crime e exigimos que o criminoso(a) seja punido! Cadeia e multa pra quem maltrata animais”, desabafa a protetora voluntária Danny Valeriano.
Integrante ativa da APAN (Associação Protetora dos Animais de Nhandeara), Danny lamenta a falta de empenho do Poder Público com a causa defendida pela entidade. “Infelizmente, não temos local físico para abrigar os animais. Não existe um lugar para acolher esses anjos indefesos e dependemos de lar de passagem”, reclama, afirmando que “embora a nova gestão apoie a causa animal, até o presente momento não disponibilizou um espaço. Eu lamento essa lentidão”.
O caso de Sultão está sendo investigado, porém, segundo outra protetora, a delegacia não demonstrou muito interesse. “No momento, o cachorro está em tratamento pós-operatório e, em breve, estará disponível para adoção responsável”, antecipa a voluntária. O cão deve ter aproximadamente um ano e meio.
“Foi registrado o B.O., mas não temos provas, apenas uma suspeita”, reforça Danny.