Aline Gomez e Manuela Parra são sócias do estabelecimento, o Espeto das Meninas, localizado na Chácara das Paineiras, em Votuporanga e somente no último mês, o local sofreu dois furtos e uma tentativa. Segundo as proprietárias, o prejuízo já ultrapassou R$ 5 mil entre os materiais levados e o investimento em segurança e nada foi recuperado.
No primeiro caso, os ladrões entraram pelos fundos, subiram pelo teto e arrombaram a telha do local. Já no segundo furto, eles entraram pelos fundos novamente, pulando a cerca elétrica, arrastando o portão do trilho e assim levaram mantimentos, bebidas, uma quantia em dinheiro e uma televisão de 32 polegadas.
Entre os prejuízos, estão os gastos com equipamentos de segurança, reforço para os portões e grades nas telhas, por onde os criminosos arrombaram da primeira vez. O que impediu que o prejuízo fosse maior, foi o susto que os bandidos levaram em um dos assaltos, onde eles saíram correndo, deixando moedas ao chão e mantimentos, ficando impossibilitados de levar outros materiais do estabelecimento, graças a um vizinho que chegou no exato momento.
Em outra tentativa, os ladrões tentaram levar a motocicleta de uma das sócias, no período em que elas estavam trabalhando no estabelecimento e o que o impediu, foi outro vizinho que estava em casa e presenciou a atitude dos criminosos. Ele saiu de dentro de sua residência, gritando e chamando as proprietárias, e eles saíram correndo.
Cansadas dos furtos, as proprietárias buscaram as redes sociais para desabafarem e mostrarem a indignação com os furtos. “A gente trabalha duro, todos os dias. Estamos nos virando para sobreviver nessa pandemia e ainda o pouco que temos é levado assim. A revolta com tudo isso é muito grande”, disse Manuela Parra em entrevista ao jornal A Cidade.
Vizinhos indesejados
As empresárias também buscam uma resposta do poder público, já que nas duas ocasiões os bandidos invadiram o local por meio da área abandonada do antigo Tiro de Guerra.
Elas relatam ainda que já há alguns meses o espaço abriga pelo menos três moradores de rua. Coincidentemente, as invasões começaram quando eles se “mudaram” para lá.
“Já relatamos isso na Ouvidoria Municipal, mas até agora não tivemos nenhuma resposta e eles continuam morando lá tranquilamente. Não queremos acusar ninguém, mas nosso vizinho entrou lá e viu o controle da nossa TV jogado no chão e pacotes de espeto. Isso aqui é da Prefeitura, ela é que tem que tomar conta disso, fechar tudo se for o caso”, concluiu Manuela Parra.
Outro lado
Procurada sobre o abandono do prédio público e a ocupação por moradores de rua, a Prefeitura de Votuporanga não se manifestou até o fechamento desta edição.