Mesmo com uma votação para deputado estadual que não passou de 2.699 votos, em Rio Preto, o vereador Maurin Alves Ribeiro (PC do B) não se sente derrotado. Para ele, o resultado das urnas “foi uma grande vitória, pois superei minha votação para vereador em 2004”, disse, ao lembrar que se elegeu com 2.600 votos.
Ao ser questionado que havia aumentado em apenas 99 votos a sua votação, Maurin reafirmou, “saio vitorioso dessas eleições. Veja, aumentei minha votação. Não concordo que eu tenha sido derrotado”, insistiu. Ele não quis avaliar se seu partido não o ajudou ou se teria sido prejudicado pelo chamado “efeito PT”.
O campeão para deputado federal, em Rio Preto, foi o ex-prefeito Manoel Antunes (PSB) que obteve mais de 50 mil votos na cidade. No total, o cacique político conseguiu 65 mil votos, mas não foi eleito.
Para Antunes, “antes de tudo é preciso respeitar a vontade do eleitor”. Ele disse que trabalhou em algumas cidades da região e que ficou distante de ocupar uma cadeira no Congresso Nacional, “mas entendo que fui bem e estou na luta”.
Manoel Antunes sinalizou que em 2008 deverá disputar a eleição municipal, “em política, a gente nunca pára”. Questionado se já estaria se articulando para as eleições de 2008, o ex-prefeito desconversou “ainda é cedo para se falar em eleição municipal”.
Para o vereador João Paulo Rillo (PT), que obteve 18.740 votos para deputado estadual, o resultado “foi positivo”. Ele avalia que conseguiu dobrar a votação que teve nas eleições municipais de 2004, quando conseguiu 4.500 votos.
Na eleição de domingo, no entanto, só em Rio Preto, Rillo conseguiu alcançar 9.520 votos. Ele entende que não teve problemas para defender a sigla, “ao contrário, eu saí em defesa do partido e quem votou em mim, votou sabendo que sou do PT, pois eu pedi votos no PT, também”, afirmou.
Rillo disputou para deputado estadual, tendo como concorrente, a suplente de vereadora, Eni Fernandes (PT). Ela obteve pouco mais de 3.500 votos na cidade. No total, Eni passou de 5 mil votos. Com a candidatura dos dois rio-pretenses, a deputada estadual Beth Sahão (PT) acabou prejudicada. Não foi reeleita.
Somente em Rio Preto, Beth Sahão perdeu quase 25 mil votos que foram dados a João Paulo Rillo e Eni Fernandes. Beth obteve no total mais de 55 mil votos, mas não conseguiu garantir sua cadeira na Assembléia Legislativa.
Eni Fernandes comentou sua performance nas eleições de domingo, avaliando que diversos fatores teriam prejudicado. Na lista de problemas que impediram a ex-vereadora de se eleger deputada estadual estão os problemas provocados pelo partido. Eni cita ainda a disputa interna e a falta de recursos. Nas eleições de 2002, quando ela também concorreu, obteve cerca de 18 mil votos, somente na cidade.
O vereador Pedro Roberto Gomes (Psol), que conseguiu dobrar sua votação na cidade, em relação à eleição de 2004, também comemorava o resultado, embora não tenha sido eleito para deputado estadual. Ele disse que mesmo não conseguindo se eleger “estou tranqüilo e muito feliz, pois elevei a votação”, disse.
Pedro Gomes concorreu à eleição a pedido da direção do partido que queria gatantir votação suficiente para não ser atingido pela cláusula de barreira. Pela medida, os partidos que não atingiram 5% dos votos válidos em todo o Brasil e 2% em pelo menos novos Estados, não terão direitos que são garantidos aos demais, como fundo partidário e tempo de rádio e TV, além de outros.
A surpresa negativa da eleição, no entanto, foi a votação obtida pela vice-prefeita Eliana Storino (PMDB), que não passou de 1.100 votos no total. Em Rio Preto, Eliana conseguiu reunir pouco mais de 500 votos nas 576 urnas espalhadas pela cidade. Eliana não retornou às ligações para comentar seu desempenho nas eleições.
Os demais candidatos que concorreram aos cargos de deputado federal e estadual por Rio Preto, também não foram encontrados para avaliar o desempenho nas eleições ocorridas no domingo.
