Em busca de votos e popularidade na internet, pré-candidatos nas eleições deste ano tentam adquirir perfis já consolidados nas redes sociais, o que pode ser considerado crime eleitoral.
No Twitter, é possível encontrar comentários que relatam as propostas comerciais dos políticos. O Facebook também é alvo dos pré-candidatos. Empresas oferecem serviços que têm como objetivo popularizar a página do político por meio de anúncios na rede social.
Segundo Alberto Rollo, advogado especializado em direito eleitoral, a compra de perfis ou seguidores pode acarretar em problemas legais. “Se o candidato vai aumentar número de seguidores ou fãs de forma fraudulenta está havendo um descompasso com que a lei diz, pois ela não permite fraudes”, afirmou Rollo.
No Twitter, por exemplo, a estratégia dos políticos é substituir o nome da conta com os usuários que já seguem a página. Dessa forma, as pessoas que já acompanham o perfil que foi comercializado passam a receber as atualizações do novo dono, sem saber da troca de propriedade.
Pelo Twitter, dois usuários falaram de propostas de compra de seus perfis na rede social para políticos e partidos.
Os políticos também podem usar recursos artificiais para aumentar o número de seguidores –os chamados “scripts”.
Por meio de uma ferramenta, usuários passam a seguir automaticamente perfis aleatórios e inflam o total de pessoas que recebem seu conteúdo e suas atualizações. Os “scripts” gratuitos, por sua vez, publicam automaticamente mensagens nas páginas de quem fez uso do recurso.