domingo, 22 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Candidato é preso por suspeita de tramar morte de promotor da região

Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), corregedores da Polícia Civil e policiais militares cumpriram ontem nove mandados de busca e apreensão na casa e…

Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), corregedores da Polícia Civil e policiais militares cumpriram ontem nove mandados de busca e apreensão na casa e empresas de cinco suspeitos de arquitetar um plano para executar o promotor de Justiça José Heitor dos Santos, atual corregedor da Polícia Judiciária e integrante da Vara do Júri de Rio Preto. Foram apreendidos documentos, munições, uma espingarda calibre 38, uma pistola, algemas e sprays de pimenta.

Os alvos dos mandados de busca e apreensão, determinados pelo Tribunal de Justiça, foram as casa do ex-prefeito de Mirassol Odélcio Fernandes de Souza – que está preso -, do presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Rio Preto e pré-candidato à Prefeitura de Mirassol, Marcos Rogério Fanelli, e na casa e empresa da mãe casa do investigador Manoel Alves Parreira, investigador do 4º DP de Rio Preto. Os policiais também vistoriaram a casa do ex-servidor público Eliezer Milani dos Santos e do corretor de imóveis Luciano Moreira.

Os cinco são investigados pelos crimes de formação de quadrilha, posse ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio. Todos negam a acusação. Na casa de Fanelli, foram apreendidas documentos e uma caixa de munição de revólver calibre 38. Ele foi preso em flagrante pelo crime de porte ilegal de munição, mas foi liberado após pagamento de R$ 700 de fiança.

“Essa munição eu ganhei da família de um primo que foi assassinado em Palestina. Estava comigo desde 2004”, afirmou. Na empresa da mãe do investigador, a força-tarefa apreendeu munição, algemas e sprays de pimenta. O policial civil não foi localizado para se manifestar sobre as apreensões. Na casa do ex-prefeito Odélcio Souza foram apreendidas uma espingarda calibre 28 e uma pistola 380.

Um dos objetivos da diligência era localizar um fuzil e uma luneta que teriam sido adquiridos pelo investigador para dar cabo à vida do promotor. De acordo com o acórdão do TJ, investigações do Gaeco teriam apurado que “Mané Parreira já teria um fuzil e uma luneta e que iria matar o dr. José Heitor em frente a um ferro velho, local utilizado pelo promotor como caminho rotineiro.”

O Diário apurou que promotores e policiais responsáveis pela operação atribuem a não localização da arma à decisão do juiz Flávio Dassi Viana, então da 2 Vara, que indeferiu os pedidos de busca e apreensão impetrados pelo Gaeco no último mês de junho, antes de os investigados serem ouvidos.

Para o relator do acórdão, Figueiredo Gonçalves, desembargador da 1º Câmara Criminal, as diligências do Gaeco Gaeco vem investigando o suposto plano de atentado contra o promotor de justiça José Heitor dos Santos há dois meses. O promotor atuou em Mirassol durante 15 anos.

Entre os suspeitos está um ex-prefeito de Mirassol, que cumpre pena por improbidade administrativa, um investigador e um sindicalista. Devido a ameaças de morte que vem sofrendo, o promotor há nove meses é escoltado por seguranças da Secretaria de Segurança Pública.

Notícias relacionadas