O câncer de pênis foi responsável por 651 amputações no Brasil em 2023, além de 454 óbitos relacionados à doença. No Dia Mundial de Combate ao Câncer, especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce, conforme dados do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Urologia.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia do Distrito Federal, Fransber Rodrigues, muitos homens evitam procurar ajuda médica no início dos sintomas, o que leva ao diagnóstico em estágios avançados da doença. A vergonha e a falta de informação contribuem para esse quadro.
“Os homens [e pessoas com pênis] não procuram o médico no início do quadro. […] É muito comum o câncer de pênis chegar em estágio avançado, pois têm vergonha, não mostram para ninguém. Chegam com infecção secundária, mau odor. Eles acham que vão melhorar e ficam dois, três, quatro meses sem buscar atendimento”, disse.
Destaque para o Brasil
O Brasil é considerado um país com alta incidência de câncer de pênis, o que reforça a importância da prevenção. A higiene diária é uma das formas mais eficazes de evitar a doença. Além disso, é essencial estar atento a sinais de alerta, como manchas, feridas, secreções ou mudanças na pele do órgão genital.
O câncer de pênis geralmente se inicia com agressões externas, como falta de higiene e infecções por HPV. O diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz e pode evitar amputações totais do órgão, que têm impacto físico, sexual e psicológico significativo.
A falta de cuidado com a higiene íntima é um dos principais fatores de risco para o câncer de pênis. Lavar diariamente com água e sabão, especialmente após relações sexuais, é uma medida simples e eficaz de prevenção.
Para pacientes com fimose, o estreitamento do prepúcio, a cirurgia é recomendada como medida preventiva. A utilização de preservativos e a vacinação contra o HPV também são importantes para prevenir a contaminação pelo vírus.
Tratamentos e amputação
Os tratamentos para o câncer de pênis variam de acordo com o estágio da doença e podem incluir cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em casos mais avançados, a amputação parcial ou total do órgão pode ser necessária.
Após uma amputação total, a vida sexual do paciente é impactada e a uretra pode ser reconstruída para facilitar a urinação. Já em casos de amputação parcial, algumas técnicas de reconstrução podem ser aplicadas para preservar a função do órgão.