É ouro daqui
A exemplo de Carol Gattaz, que já é medalhista no vôlei feminino, tem mais outros ingredientes rio-pretenses nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Apesar de ter nascido em Barra Bonita, o zagueiro Diego Carlos deu seus primeiros chutes numa bola tentando a carreira em 2009, vestindo a camisa do América. Neste sábado, ele ganhou ouro com a Seleção e jogou lá para a estratosfera sua cotação no bilionário mercado da bola.
É mais que ouro
O passe de Diego Carlos deve estar avaliado em algo em torno de até 60 milhões de euros, o que daria, pela cotação deste sábado (7), exatos 369,6 milhões de reais. Trata-se de uma projeção, feita a pedido do DL News pelo empresário do jogador, o rio-pretense Edilson Lugui. Os direitos federativos do jogador pertencem ao Sevilla, da Espanha. Com o ouro olímpico, certamente ficou ainda mais valorizado.
Follow the money 1
O empresário diz que administra a carreira do atleta e não teria participação numa negociação desse tipo. “É outro contrato à parte”, diz Lugui. Mas o empresário deu uma informação interessante: cada vez que o atleta é negociado, os chamados “clubes formadores” têm direito a um percentual. No caso de Diego, teriam direito o América, o Desportivo Brasil e o São Paulo, onde ele atuou na fase das categorias de base.
Follow the money 2
Pela lei do clube formador (Fifa) toda vez que um atleta é transferido, emprestado ou por venda, deve ser destinado um percentual (5 por cento) para ser rateado entre os clubes pelos quais passou, proporcionalmente ao tempo em que ele ficou em cada clube. No América, ele ficou cerca de um ano, no Campeonato Paulista Sub-17 de 2009. O contrato acabou e ele foi liberado para o Desportivo Brasil, de Porto Feliz. Mas o carimbo de clube formador continuaria valendo.
E aí, América?
O presidente do América, Luiz Donizete Prieto, o Italiano, que pretende homenagear o craque “com um jantar e dar a ele um título patrimonial do clube”, jura que não está por dentro dessas minúcias milionárias. Italiano diz que não sabe se o clube ganhou dinheiro com Diego. “Não é do meu tempo”. Diego é, enfim, mais um dessas promessas que passam pelo América e vão fazer sucesso bem longe daqui.
Dá licença, rato
Mas Italiano garante que está tentando fazer diferente. A começar pela estrutura do estádio Teixeirão. “Quando assumi, a gente tinha que pedir licença aos ratos para andar nos corredores do estádio. Hoje recebo elogios da Vigilância Sanitária”, diz o presidente. Detalhe: os ratos aos quais ele se refere são os bichos mesmo.