O ex-atacante Vincenzo Iaquinta, campeão mundial com a Itália em 2006, foi condenado nesta quarta-feira (31) a dois anos de prisão por crimes ligados a armas.
Os promotores do caso pediram que o ex-atleta fosse condenado a seis anos de reclusão. Iaquinta foi considerado culpado por duas armas de fogo encontradas em um cofre na casa de seu pai, Giuseppe.
Embora o ex-jogador tivesse permissão para porte de armas, seu pai havia sido proibido pela Justiça de manter armamentos em sua residência. Giuseppe, por sua vez, foi condenado a 19 anos de prisão por associação mafiosa com a ndrangheta.
Tanto Iaquinta quanto seu pai deixaram o tribunal de Reggio Emilia afirmando que a decisão foi “ridícula” e “vergonhosa”. O caso é fruto de um processo chamado “Aemilia”, que investiga a infiltração da ndrangheta na região da Emília-Romana. A investigação é a maior da história já feita contra a máfia calabresa no norte do país.
Aos 38 anos, Iaquinta se aposentou em 2013 e coleciona passagens por Udinese, Juventus e Cesena. Na seleção italiana, disputou 40 partidas e marcou seis gols, conquistando a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.
Processo – O processo “Aemilia” contempla 148 réus, dos quais 125, incluindo Iaquinta, foram condenados. Outros 19 acabaram absolvidos, e quatro tiveram seus crimes prescritos.
O caso comprovou a existência de um braço ativo da ndrangheta na Emília-Romana, com epicentro em Reggio Emilia, uma das cidades mais importantes da região. (ANSA)