Pelo segundo ano consecutivo, a campanha da revista AzMina #Carnavalsemassédio está nas ruas. Neste carnaval, o tema é #UmaMinaAjudaAOutra, que estimula mulheres a ficar atentas caso vejam que alguma outra “mina” está sofrendo assédio. No ano passado, o foco da campanha eram os homens, público-alvo do Guia Prático e Didático da Diferença entre Paquera e Assédio.
A diretora da revista, a brasiliense Nana Queiroz, diz que se uma mulher ajudar a outra, todo mundo curte a festa com mais segurança e liberdade.
A campanha sugere, entre outras ações, oferecer água caso veja uma mulher vomitando na festa; fazer um escândalo se perceber que um homem está tentando forçar o beijo ou segurando uma menina pelo braço; e telefonar para os amigos ou chamar um táxi se encontrar uma mulher inconsciente, evitando que ela seja vítima de abusos.
A edição deste ano da campanha tem até marchinha de carnaval cantada por Bruna Caram e Chico César. A música, composta por Pedro Abramovay e Gustavo Moura, diz que o carnaval só é bom se todo mundo quiser curtir junto. A marchinha ganhou o título de Se você quiser – e o clipe pode ser ouvido aqui:
Mineiras contra o assédio
Outra campanha nesse sentido surgiu em Minas Gerais. Mulheres que integram diversos blocos de rua do carnaval de Belo Horizonte lançaram a iniciativa Tira a Mão: é Hora de Dar um Basta. O objetivo é combater o assédio durante a folia.
De acordo com o texto de divulgação da campanha, pesquisa feita no ano passado pela organização internacional ActionAid mostrou que 86% das mulheres brasileiras sofreram assédio em público em suas cidades. “O tom da campanha é leve e busca mostrar que a foliã está no carnaval para se divertir e que o limite entre o assédio e a paquera não está na roupa, na fantasia ou na dança”, diz a campanha.