Coordenadores da campanha de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo ficaram animados com o desempenho do ex-ministro da Infraestrutura na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na noite desta quinta-feira, 18.
De acordo com o instituto, o candidato do Republicanos tem 16% das intenções de voto e ocupa a segunda colocação da corrida ao Palácio dos Bandeirantes – o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) lidera com 38%. O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), tem 11%. Aliados de Tarcísio ouvidos pela Jovem Pan dizem que as pesquisas ainda não captaram a aceitação e o crescimento do ex-ministro entre o eleitorado paulista. O estirão, estimam, deve vir a partir da segunda quinzena de setembro, quando a campanha entrará em sua reta final.
O entorno de Gomes de Freitas minimiza o baixo grau de conhecimento apontado pelo Datafolha e apostam no capital político do presidente Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo para subir nas pesquisas – de acordo com o levantamento, Tarcísio é conhecido por 35% dos eleitores do maior colégio eleitoral do país. A título de comparação, Haddad ostenta um conhecimento de 89%. No maior colégio eleitoral do país, o atual mandatário do país tem 31% das intenções de voto. Nos cálculos de um coordenador da campanha do candidato do Republicanos, quando ficar claro para o eleitor quem é o candidato do bolsonarismo no Estado, o ex-ministro deve chegar a um patamar de preferência que garanta sua presença no segundo turno. Na avaliação de uma liderança do PSD, que indicou o vice na chapa, o potencial de adesão à candidatura de Tarcísio é mais importante que a rejeição a Bolsonaro em solo paulista – segundo o Datafolha, 52% dos eleitores não votariam no chefe do Executivo federal.
Em se confirmando o crescimento nas pesquisas nas próximas semanas, aliados do ex-ministro projetam um segundo turno contra Fernando Haddad – apesar da distância de cinco pontos para Rodrigo Garcia e da força da máquina tucana, integrantes da campanha dizem que, ao menos por ora, o candidato do PSDB não parece ter força para ultrapassar o candidato de Bolsonaro. Nesse cenário, embora o Datafolha indique a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo (44% das intenções de voto), interlocutores de Tarcísio veem com bons olhos uma disputa contra o PT, nos mesmos moldes da corrida presidencial, sob o argumento de que o antipetismo pode ser um trunfo.
O raciocínio é endossado publicamente pelo próprio Tarcísio. “Não dá para escolher adversário. A gente vai apresentar primeiro para o eleitorado paulista quem é o Tarcísio, o que a gente fez ao longo desse tempo, o que nós entregamos, o nosso diferencial, que é a capacidade de realização, de tirar projetos do papel e transformá-los em realidade. Eu acredito que a eleição de São Paulo vai espelhar, em alguma medida, a eleição nacional. Acredito que teremos um candidato do PT e um outro anti-PT. Esse candidato anti-PT sou eu, que represento, aqui em São Paulo, o presidente Bolsonaro. Assim, o meu adversário vai ser o Fernando Haddad”, disse o ex-ministro em sabatina do Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 19.