sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Campanha de cerveja com trans dá prejuízo de R$ 1,95 bilhão

A cerveja Bud Light teve um problema atrás do outro depois que fez uma campanha com a influenciadora trans Dylan Mulvaney. A Anheuser-Busch InBev (AB Inbev), dona da marca, teve…

A cerveja Bud Light teve um problema atrás do outro depois que fez uma campanha com a influenciadora trans Dylan Mulvaney. A Anheuser-Busch InBev (AB Inbev), dona da marca, teve um prejuízo de US$ 400 milhões depois da queda de vendas da Bud Light, conforme seu relatório trimestral indica.

O valor é equivalente a mais de R$ 1,95 bilhão, na cotação atual. Depois da campanha com Dylan, a Bud Light perdeu o posto de duas décadas de marca de cerveja mais vendida dos Estados Unidos.

A posição agora é ocupada pela mexicana Modelo Especial. O acontecimento é um marco no mercado norte-americano. A influenciadora trans divulgou um vídeo tomando a cerveja em 1º de abril. Alguns dias depois, a marca teve perda de US$ 5 milhões na bolsa de valores.

A crise, que parecia passageira, virou um verdadeiro pesadelo para a Bud Light. A Modelo Especial tem superado as vendas da Bud Light desde maio. O cenário se repetiu em junho e julho e se estendeu em agosto.

Relembre o que aconteceu desde a campanha da cerveja Bud Light com a influenciadora trans Dyla Mulvaney
As perdas da cerveja por causa da campanha com a influenciadora trans não se limitaram ao mercado. No fim de julho, a AB Inbev admitiu que teria que demitir cerca de 2% de seu quadro de funcionários, um total de quase 400 pessoas.

As demissões na Anheuser-Busch fazem parte de uma reestruturação de gastos da empresa depois da campanha da Bud Light com Dylan Mulvaney.

Na semana de 4 de julho, o feriado mais importante para beber cerveja nos Estados Unidos, as vendas da Bud Light caíram 23,6% em comparação com a mesma semana em 2022, segundo dados da consultoria Bump Williams. A marca também trocou os diretores responsáveis pela parceria com a transexual e contratou especialistas no núcleo conservador em Washington D.C.

O executivo brasileiro Michel Doukeris, CEO da Anheuser-Busch, chegou a negar a parceria com a influenciadora trans. Ele alegou que foi apenas uma publicação nas redes sociais. A marca, porém, até enviou latinhas com o rosto da transgênero para ela.

Para melhorar sua imagem, a Bud Light também fez um comercial com jovens tomando a cerveja em um evento do agronegócio norte-americano. Além disso, a marca anunciou uma campanha homenageando militares junto com a Budweiser, redesenhando latinhas de ambas as marcas temporariamente com estampa militar.

A Bud Light teve queda de vendas de mais de 28% em cada uma das últimas quatro semanas. Mas o cenário melhorou, visto que as vendas caíram 32% no auge da crise da cerveja por causa da influenciadora trans.

Especialistas no mercado de cerveja dos Estados Unidos esperam que mais consumidores voltem a consumir a marca Bud Light nos próximos seis meses.

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