quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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“Camisinha líquida” contra o vírus da Aids

Vem aí uma “camisinha líquida” capaz de evitar o contágio do HIV em mulheres através de relações sexuais. Pesquisadores americanos estão desenvolvendo gel que promete combater o vírus da Aids…

Vem aí uma “camisinha líquida” capaz de evitar o contágio do HIV em mulheres através de relações sexuais. Pesquisadores americanos estão desenvolvendo gel que promete combater o vírus da Aids presente no esperma.

A substância ainda está em fase de testes e deve demorar 10 anos para ser fabricada em larga escala. Dentro de cinco anos, começará a ser usada em voluntários. A “camisinha anti-HIV” deverá ser aplicada como um gel lubrificante. O produto forma uma cobertura protetora na vagina que volta à forma líquida em contato com o sêmen. Nesse momento, o gel libera drogas antivirais que atacam o HIV.
O produto está sendo desenvolvido na Universidade de Utah, nos Estados Unidos, e foi destaque em artigo publicado na revista científica ‘Journal of Pharmaceutical Sciences’. A “camisinha líquida” não é um método contraceptivo, pois não impede a chegada de espermatozóides ao útero.
“O nosso maior objetivo com essa tecnologia é proteger da contaminação do vírus da Aids as mulheres e seus filhos no útero”, disse o pesquisador Patrick Kiser.
Testes já mostraram que o hidrogel não deve causar efeitos colaterais ou desconfortos à mulher nas relações sexuais. O desafio dos pesquisadores é verificar a eficácia da liberação dos antivirais dentro da vagina. A equipe está esperançosa de que, como o gel deve ter espessura mínima, a droga será ativada com rapidez.

Microbicidas são a nova arma na luta

A “camisinha líquida” faz parte dos microbicidas, novo grupo de medicamentos que estão sendo desenvolvidos para facilitar e difundir o combate à Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis. Trata-se de drogas ativadas em géis, esponjas ou cremes.
Outra característica de um microbicida eficaz é sua validade. O ideal é que a mulher o aplique uma vez ao dia ou uma vez ao mês. Segundo o pesquisador Patrick Kiser, atualmente esses medicamentos duram pouco tempo e têm de ser aplicados momentos antes da relação sexual.

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