Foi divulgado ontem, no Diário Oficial do município, o edital de concurso da Câmara Municipal de Votuporanga. As provas são para nível fundamental e médio, e devem ser aplicadas no dia seis de março.
As vagas serão para auxiliar parlamentar, auxiliar de compras, arquivo e patrimônio, motorista, agente de serviços internos, agente de segurança legislativa. As inscrições custam R$ 18,00 para nível fundamental e R$ 27,00 para nível médio, e podem ser feitas através do site www.consesp.com.br, até o dia 11 de fevereiro.
Concurso
A abertura dos novos cargos já havia sido noticiada com exclusividade pelo Diário após uma entrevista com o presidente da casa, o vereador Sergio Adriano Pereira. Na oportunidade, ele relatou que essa é uma necessidade dentro da câmara, já que o quadro de funcionários atual é enxuto.
Quanto ao impacto financeiro, argumenta-se que a estimativa para o exercício de 2015 será de R$ R$ 150.725,58, em 2016 será de R$ 368.072,38 e em 2017 será de R$ 416.785,60. “Declaramos também que os gastos previstos têm adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilizada com o plano plurianual e ainda com a lei de diretrizes orçamentárias”.
Apesar de parecer simples, o projeto rendeu comentários, principalmente dos vereadores Osmair Ferrari e Mehde Meidão Slaiman Kanso, que votaram contrários à abertura. Em sua justificativa, Osmair disse que não era totalmente contrário à abertura, porém, que deveria constar no projeto o concurso público também para os cargos de Diretor Administrativo e Diretor Jurídico.
“Nada contra quem ocupa os cargos, que são de confiança, pessoas de credibilidade, capacitadas para estar nesse cargo. Entendo que esse cargo teria que ser também efetivo”, disse.
Trem da alegria
Meidão foi um pouco mais categórico ao explanar sobre seu voto. Ele criticou a atual gestão do presidente da casa e ainda falou sobre a falta de necessidade de um cargo exclusivo para o setor de compras. “O que eu pretendo é que com a aprovação desse projeto não vamos ter sala para botar o pessoal aqui dentro. Isso é um verdadeiro trem da alegria que o presidente dessa casa a fazendo na câmara. Se o prefeito faz projeto de corte de beneficio, que tira o 14º salário do comissionado, está cortando para fazer economia de mais de R$300 mil por ano, ele está pensando em fazer economia. Acho que não podemos aprovar esse projeto”.
Esperteza
Ele ainda disse que a câmara hoje “nada em dinheiro de braçada, enquanto a prefeitura está falida”. O intuito de Meidão era de que o projeto fosse considerado inconstitucional, já que, segundo ele, só tem conhecimento dos cargos quem lesse o projeto até a sua justificativa. Nos artigos do mesmo a informação não constava. “O país não contempla mais a tentativa de esperteza dos administradores. Eu sei que o projeto vai passar, talvez não sei quantos votos, mas tenho certeza absoluta da aprovação. Vamos representar a câmara, a mesa diretora no Ministério Público e no tribunal de Defesa”.
O presidente da casa, por sua vez, defendeu-se das acusações tecidas por Meidão. “O vereador por ser o mais experiente, sabe a necessidade de que a câmara precisa desses cargos. Essa é uma câmara enxuta e você sabe muito bem disso. Estamos chegando próximo às eleições e todos gostam de tirar proveito. Essa câmara está fazendo a diferença. Além de tudo que está sendo feito, estamos devolvendo dinheiro para a prefeitura, sinal de uma boa gestão’, disse.
Sobre projeto, Serginho disse que foram feitas uma série de reuniões para a discussão do mesmo e que Meidão não se fez presente em nenhuma delas. “Não sei se tem medo ou quer usar isso para fazer política depois. Poderia estar colocando a suas colocações e sugestões”.
Maíra Petruz/Diário de Votuporanga