Censura 1
No “melhor” estilo das Ditaduras que já assolaram diversos países, inclusive o Brasil, a Câmara de Rio Preto proíbe comentários no canal do Youtube do Poder Legislativo durante as sessões com transmissão ao vivo.
Censura 2
A direção de Comunicação da Câmara deveria deixar a inspiração no ultrapassadíssimo AI-5 e se espelhar na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no Governo de São Paulo ou até mesmo na prima rica Câmara dos Deputados, que permitem comentários de todos os cantos. Evidente que muitos perdem a educação e apenas ofendem deputados e o governador João Doria (PSDB). Mas, ao mesmo tempo, a insatisfação online dos pagadores de impostos pode ser vista como reflexo do comando, ou falta de comando, das autoridades públicas.
Exemplo vem do lado
Não precisamos, no entanto, ir longe para dar exemplos aos comunicadores da Câmara de Rio Preto. Na vizinha Prefeitura de Rio Preto, o governo de Edinho Araújo (MDB) não censura comentários nas lives relacionadas ao Covid-19, momento mais crítico de toda Nação, por exemplo.
Avaliação
O atual presidente da Câmara de Rio Preto, Pedro Roberto (Patriota), afirmou, em nota, que “podemos avaliar a real necessidade de abrir a interação em mais uma mídia”. A direção da Câmara não explicou o que a levou a barrar os comentários dos vídeos ao vivo.
Leia a íntegra da nota:
“As transmissões das sessões ordinárias são realizadas desde 2015 pelas redes sociais. As plataformas utilizadas são Facebook e YouTube. Na primeira, está concentrada a maior audiência (o número de pessoas alcançadas é, no mínimo, oito vezes maior). Na página oficial da Câmara de Rio Preto no Facebook os comentários são livres, bem como os compartilhamentos. As dúvidas sobre o trabalho dos vereadores são respondidas pela equipe de Comunicação Social.Concentrar os comentários em uma plataforma ajuda a aumentar a visibilidade de cada questionamento feito. Essa é uma estratégia indicada por especialistas em comunicação em múltiplas telas.Outro canal aberto para participação popular é a Ouvidoria, que recebe o feedback dos munícipes por e-mail e por telefone.Nos últimos seis anos não recebemos qualquer pedido ou reclamação dos telespectadores da TV Câmara em nenhum de nossos canais, mas podemos avaliar a real necessidade de abrir a interação em mais uma mídia.”