Fevereiro de 2024 entrou para a história como o nono mês consecutivo de temperaturas recordes na Terra, conforme anunciado por cientistas do observatório europeu Copernicus nesta quinta-feira (7). Esses registros não se limitam apenas ao ar; o calor também está batendo recordes nos oceanos, tornando-se uma preocupação global. “Vivemos uma emergência climática”, alertou António Guterres, secretário-geral da ONU.
Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), destacou que o aquecimento contínuo do sistema climático está conduzindo a novos extremos de temperatura. Fevereiro de 2024 marcou o fevereiro mais quente já registrado globalmente, com uma temperatura média do ar de superfície de 13,54°C, 0,81°C acima da média de fevereiro de 1991-2020 e 0,12°C acima do recorde anterior.
A temperatura média global nos últimos doze meses (março de 2023 – fevereiro de 2024) também atingiu o seu ponto mais alto, 0,68°C acima da média de 1991-2020 e 1,56°C acima da média pré-industrial. Nos oceanos, a situação não é diferente, com a temperatura média da superfície do mar global atingindo um recorde de 21,06°C em fevereiro, superando o recorde anterior de agosto de 2023.
Buontempo enfatizou que, a menos que as concentrações de gases de efeito estufa sejam estabilizadas, enfrentaremos mais recordes de temperatura global e suas consequências. Esses recordes de temperatura estão se tornando cada vez mais comuns, desde junho de 2023 até fevereiro de 2024, refletindo a urgência de ações para enfrentar as mudanças climáticas.