“O homem é assombrado pela vastidão da eternidade. Então perguntamos a nós mesmos: Irão nossos atos ecoar através dos séculos? Estranhos ouvirão nossos nomes, muito depois de termos partido, e imaginarão quem fomos? O quanto lutamos pra valer? O quanto amamos intensamente?” – Filme Tróia
Acredito que quase todos já ouviram esta expressão: “Ah! Fulano tem calcanhar de Aquiles”. Esse dizer refere-se ao ponto fraco de alguém, e creiam: todo mundo tem o seu calcanhar. Segundo a mitologia Grega, Aquiles foi batizado nas águas do rio pela sua mãe, uma deusa imortal. Os únicos membros que não mergulharam foram os pés. Por isso, essa parte de seu corpo ficou vulnerável. Quem já assistiu ao filme Tróia, pode ver a brilhante atuação de Brad Pitt como o viril e invencível, enfrentando a todos sem temor. Sua trajetória é marcada pela preocupação em traçar um caminho do qual, mais tarde, todos se lembrarão. A cada batalha vencedora, seu nome ficava mais forte.
Há alguns anos, foi veiculada em revista local uma propaganda de loja de calçados. Na figura, um pai beija o pé de seu filho bebê. Esse primeiro contato entre ambos nos sugere contrastes envolvendo inocência e maturidade, sugerindo a vida que se inicia com proteção. Mas o que está acima de tudo, e que fica para nós como mensagens principais são a humildade e o carinho.
É muito comum o uso ainda que implícito de mitologia na propaganda e no cinema.
No caso, por se tratar de uma loja de calçados, esse recurso aliado à homenagem à figura paterna é bastante pertinente. Tal imagem pode nos remeter ao mito citado acima. Ainda podemos ler o seguinte: “Quem com amor nos ensina os melhores caminhos merece ser lembrado a cada passo de nossas vidas”. Com o texto verbal e o não-verbal, fica clara a ideia de torcida dos pais pelos seus filhos sejam quais forem seus calcanhares de Aquiles. A torcida é quase uma garantia de sucesso ao final de cada jornada.
Rodrigo Donizete Daum