Mutuários do programa Minha Casa, Minha Vida têm sido obrigados a abrir conta-corrente na Caixa Econômica Federal para obter financiamento, e algumas dessas contas estão sendo tarifadas.
Após abertas, essas contas abrem caminho para o banco empurrar outros serviços não contratados pelos clientes, como cartão de crédito, que também têm custo.
Para o Banco Central, a prática configura venda casada e fere as regras do Código de Defesa do Consumidor.
A Caixa nega a exigência da abertura de conta.
Mas a babá Delma Barbosa, poupadora da Caixa, diz que foi orientada a abrir uma conta-corrente na instituição para pagar as prestações do imóvel que financiou pelo Minha Casa em agosto de 2011.
O vice-presidente de governo e habitação da Caixa, José Urbano Duarte, diz que casos como esses podem ter ocorrido, mas que esse não é o procedimento adotado.
“A Caixa trabalha pela bancarização, porque achamos que é positiva, e usamos o Minha Casa para ajudar. Só que não há condicionamento entre obter o financiamento e ter de abrir conta”, informou.