Os últimos sete presos que estavam na cadeia de Birigui deixaram à unidade no final da semana passada. Eles foram encaminhados para a cadeia de Penápolis. Outros 22 detentos já haviam sido removidos. Parte foi encaminhada para Penápolis e outra para o CR (Centro de Ressocialização) da cidade. As transferências começaram quando a Justiça Estadual da cidade determinou a desativação do prédio, no dia 11 de fevereiro. O motivo alegado pelo órgão foi falta de segurança suficiente para abrigar os detentos.
Ontem, funcionários retiraram todos os colchões que estavam nas celas, que serão destruídos. O interior do prédio estava vazio. A desocupação da unidade ocorreu antes do término do prazo de 60 dias estabelecido pela juíza substituta Patrícia de Assis Braguini.
A superlotação vinha se agravando desde dezembro do ano passado, quando o CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José do Rio Preto deixou de receber presos de outras regiões, entre elas, Araçatuba.
A cadeia de Birigui foi construída para abrigar 24 detentos, no entanto, conforme o diretor do prédio, delegado Heveraldo Weber Gonçalves, o local já abrigou mais de 40 presos.
O delegado explicou que o próximo passo é a retirada das grades das quatro celas. “A nossa ideia é reformar o local e utilizá-lo como arquivo e depósito de objetos da delegacia do município”, completou Gonçalves, afirmando que a solução para o problema da superlotação das cadeias da região seria a construção imediata de um novo CDP. A desativação da cadeia foi comunicada também à VEC (Vara de Execuções Criminais) e a delegacia Seccional de Polícia de Araçatuba.
Conforme o delegado, os presos detidos em flagrante, principalmente durante os plantões, serão mantidos na cela onde ficavam os presos acusados de crime sexual.
A cadeia de Birigui funciona no mesmo prédio da delegacia-sede da cidade, na rua Bento da Cruz, Centro. O Estado chegou a anunciar, em 2003, uma reforma no prédio, porém a obra nunca foi executada.
