Uma moradora de Quatá (SP) registrou um boletim de ocorrência nesta quarta-feira (11) depois que o cachorro dela, de um ano, voltou da tosa em uma clínica veterinária da cidade com parte da língua cortada.
Viviane Celestino de Souza Costa contou ao G1 que a mãe dela levou Scott para tosar na clínica e que, depois de um período, funcionários ligaram avisando que tinha ocorrido um pequeno incidente com o cachorro.
Ao chegar no local, segundo Viviane, a mãe dela descobriu que haviam cortado parte da língua de Scott durante o procedimento de tosa com tesoura. A cliente informou pagou R$ 70 pelo serviço e foi embora com o animal.
“Ela passou chorando no meu serviço e a minha vontade era ir lá e quebrar tudo”, desabafa Viviane. Segundo ela, Scott não está conseguindo dormir e nem comer por causa da dor.
Ainda de acordo com Viviane, o cachorro não recebeu nenhuma receita médica após o atendimento e ela teve dificuldades para falar com a dona da clínica sobre o incidente. A mãe de Viviane compartilhou fotos do Scott nas redes sociais e o caso ganhou repercussão.
“Ele sempre foi um cachorro alegre, hoje meu cachorro está com os olhos lacrimejando de dor, com medo, e não comeu nem bebeu até agora (…) Meu Scott, meu menino, meu filho de quatro patas, quero Justiça”, escreveu na publicação.
A Polícia Civil de Quatá informou que vai instaurar um inquérito para apurar um possível caso de maus-tratos e que a dona do estabelecimento compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos nesta quinta-feira (12).
Segundo a Polícia Civil, a proprietária também registrou um boletim de ocorrência por ameaça devido às mensagens que está recebendo nas redes sociais. As duas situações serão investigados pela polícia.
Clínica diz que foi acidente
A dona do pet shop e auxiliar veterinária contou ao G1 que estava fazendo a tosa no cachorro com a tesoura na parte do rosto quando Scott mordeu o objeto. Segundo ela, o animal é bastante agitado e o corte na língua dele foi um acidente.
Ela afirmou que Scott recebeu todos os cuidados logo após o procedimento e que o médico veterinário passou uma receita à família. Segundo a profissional, ela acreditava que outra pessoa, que costumava levar Scott para tosar, era a dona dele e, por isso, não contatou Viviane de início.
A responsável pela clínica disse ainda que trabalha na área há 17 anos, que todo o trabalho feito no local é exposto aos clientes e que um acidente como esse nunca havia acontecido.