O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), afirmou nesta terça-feira que os policiais que ameaçam entrar em greve durante os Jogos Pan-Americanos, que começam esta semana, não terão suas reivindicações atendidas.
O governador, que participou nesta manhã da cerimônia de abertura da Assembléia Geral da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), minimizou a operação padrão de 48 horas iniciada na segunda-feira pela Polícia Civil e disse acreditar num enfraquecimento do movimento.
“Não há negociação enquanto houver Pan-Americano, eu não trabalho com chantagem”, afirmou o governador a jornalistas, após abrir oficialmente a reunião da Odepa ao lado do prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM), e representantes dos 42 países que disputarão o Pan.
Nesta quarta-feira, os policiais civis farão uma reunião para avaliar se mantêm a greve durante o Pan.
A Polícia Militar também ameaça iniciar uma paralisação, o que poderia afetar em cheio a segurança dos Jogos, a três dias da cerimônia de abertura. Mais de 10 mil policiais estaduais do Rio fazem parte do planejamento de segurança da competição.
Segundo Cabral, as manifestações da polícia as vésperas do Pan causam uma imagem negativa da entidade junto à população, e por esse motivo os próprios policiais deveriam desistiram de fazer a greve.
O ministro dos Esportes, Orlando Silva, também participou do encontro e repetiu a opinião do governador quanto à ameaça de greve dos funcionários da Infraero. Os aeroportuários suspenderam a greve marcada para quarta-feira e discutirão, nesta sexta, a contraproposta da empresa para definir se farão ou não uma paralisação.