Os presidentes dos Estados Unidos, George W. Bush, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciaram nesta sexta-feira a assinatura de um memorando de cooperação tecnológica entre os dois países para a produção de biocombustíveis, como o álcool e o biodiesel. Bush defendeu o consumo do álcool como substituto da gasolina.
Segundo Bush, os investimentos em biocombustíveis são considerados como questão de segurança nacional para os EUA, que pretendem reduzir a dependência internacional do petróleo. “As pessoas se perguntam por quê o presidente dos EUA está interessado em diversificar as fontes de energia. Uma das razões é que se dependemos de petróleo, que vem de fora, temos uma questão de segurança nacional.”
“Nossa dependência do combustível de outra pessoa significa que estamos dependente de suas decisões. Queremos diversificar, sair do petróleo”, afirmou ele após se encontrar com Lula num terminal da Transpetro, subsidiária da Petrobras, em Guarulhos (SP).
Ele afirmou ainda que os EUA vão investir US$ 1,6 bilhão no prazo de 10 anos em pesquisas adicionais para que possam ter fontes alternativas de energia. “Já investimos US$ 12 bilhões em novas tecnologias que vão permitir alcançar independência econômica e um ambiente de melhor qualidade. Espero que possamos fazer isso juntos. Aprecio o fato de Brasil e EUA desenvolverem juntos essas pesquisas”, disse ele se referindo a Lula.
O presidente brasileiro, por sua vez, afirmou que o acordo fechado entre os dois países ajudará a democratizar o acesso aos biocombustíveis e a ter um mundo menos poluído no futuro. “A estreita associação e cooperação entre os dois líderes da produção de etanol possibilitará a democratização do acesso à energia. O uso crescente de biocombustíveis será uma contribuição inestimável para a geração de renda, inclusão social e redução da pobreza em muitos países pobres do mundo.”