O Corpo de Bombeiros foi autorizado na manhã desta terça-feira a retomar as buscas por vítimas do desabamento nas obras da estação Pinheiros do Metrô, na Zona Oeste de São Paulo. O Consórcio Via Amarela, responsável pela construção, chegou a dizer que os trabalhos das equipes de resgate ficariam suspensos por três a quatro dias em razão dos riscos de novos deslizamentos de terra. Entretanto, a concretagem feita durante a madrugada deu estabilidade ao terreno, permitindo o reinício das buscas.
O engenheiro Márcio Pelegrini, do Consórcio Via Amarela, informou que foram feitas análises do terreno nesta terça-feira e ficou constatado que os bombeiros não correm riscos. Ontem à noite, ao anunciar a interrupção das buscas, ele havia citado um “altíssimo risco” de novos desabamentos.
As equipes de resgate recomeçaram os trabalhos em duas frentes: uma delas tenta chegar até o microônibus que foi engolido pela cratera, onde na segunda-feira foi visualizado o corpo de uma das vítimas soterradas.
Outra frente tenta se aproximar de um caminhão também tragado pelo buraco. No final da manhã desta terça, um cão farejador apontou a presença de outra vítima na cabine do veículo, possivelmente o motorista.
Até agora, apenas um corpo foi retirado pelos bombeiros. Trata-se da aposentada Abigail Rossi de Azevedo, 75 anos, que voltava de uma consulta médica quando foi engolida pelo desabamento nas obras do Metrô. Ela foi enterrada por volta das 18h de segunda-feira no Cemitério Central de Santo Amaro.