terça, 19 de novembro de 2024
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Buiú é preso no Guarujá e confessa crimes

Após um ano e meio de fugas, dois assassinatos cruéis na ficha e um jeito de agir que desafiou a polícia, João Henrique Rodrigues Cassiano, de 20 anos, o meliante…

Após um ano e meio de fugas, dois assassinatos cruéis na ficha e um jeito de agir que desafiou a polícia, João Henrique Rodrigues Cassiano, de 20 anos, o meliante conhecido por “Buiú”, foi finalmente preso no dia de ontem no litoral paulista. Segundo informações apuradas pela reportagem do A Cidade, ele foi detido no centro da cidade do Guarujá pela Polícia Civil.

Além de ter matado de maneira cruel a jovem Aline Barboza, em fevereiro do ano passado no Parque das Nações, Buiú era procurado por, em 8 de agosto desse ano, ter incendiado e assassinado outra companheira, Mariângela Lima de Morais, nas ruas da cidade de Santos.

O indivíduo foi preso perambulando no centro do Guarujá pela Polícia Civil daquela cidade. Em posse de informações e de uma foto de Buiú, os policiais passaram a fazer buscas pela região, onde há grande número de moradores de rua. Durante uma abordagem, identificaram o rapaz.

Uma curiosidade e fator determinante para a prisão de Buiú foi a tatuagem que ele possui no braço, com o nome da mãe, “Jonésia”, que acabou “entregando” o suspeito. Após ser reconhecido, João Henrique confessou os dois assassinatos, em Santos e em Votuporanga, e foi levado ao Primeiro Distrito Policial do Guarujá.

Os mandados de prisão pelos dois homicídios já foram enviados ao local da prisão. A irmã de Mariângela, Laura Helena Lima de Morais, confirmou a notícia da prisão à reportagem e disse que foi informada do fato por policiais que investigam crime.

Morte em Santos

As buscas por Buiú se intensificaram após a morte de Mariângela, queimada viva pelo então companheiro no bairro José Menino, em Santos. O caso aconteceu na madrugada do dia 8 de agosto, na Praça Washington. Mariângela teve 90% dos braços, do rosto e do tronco queimados, inclusive com queimaduras internas. Ela ficou internada, em coma, até o dia 24 daquele mês, quando morreu. Mariângela era dependente química há 12 anos e, apesar de ter casa e família na Vila Belmiro, preferiu morar na rua nos últimos quatro anos, quando o vício em crack se intensificou. Ela passava semanas longe de casa e tinha um relacionamento com o acusado.

Segundo a irmã dela, a empresária Laura Helena Lima de Morais, de 33 anos, a família soube do crime no mesmo dia, por meio de pessoas que a conheciam da rua. Laura conta que os parentes, desde o primeiro momento, acreditavam na culpa de Buiú, que era conhecido da família por conta do relacionamento com Mariângela. “Mas ele nunca entrou em casa. Na rua não se conhece ninguém que preste, ainda mais nessa vida”, afirmou, citando as ameaças que a irmã recebia do companheiro. “Ele confessava para ela que tinha cometido um crime e prometia que ia fazer de novo”, se referindo à morte de Aline.

Em Votuporanga

A fuga de Buiú teve início em fevereiro de 2014 em Votuporanga, após um assassinato cruel, que tirou a vida da jovem Aline Barboza, de 23 anos. Ela foi esfaqueada e arremessada do segundo andar do prédio Parque das Nações. O crime chocou a cidade.

O inquérito sobre o caso foi encerrado em outubro do ano passado pela titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Edna Rita de Oliveira Freitas. João Henrique Rodrigues Cassiano, de 19 anos, vai responder por homicídio qualificado, com agravantes como violência doméstica e requintes de crueldade. Se condenado, a pena é de 12 a 30 anos, fora os agravantes.

(Com informações de A Tribuna de Santos). Jociano Garofolo/A Cidade

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