sexta, 22 de novembro de 2024
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Brincadeira com álcool deixa criança ferida em Rio Preto

Um menino, de seis anos, sofreu queimaduras graves no tronco, braços, pernas e pés em um incidente doméstico, no sábado, em Bady Bassitt, ao brincar com álcool junto com os…

Um menino, de seis anos, sofreu queimaduras graves no tronco, braços, pernas e pés em um incidente doméstico, no sábado, em Bady Bassitt, ao brincar com álcool junto com os três irmãos no quintal da casa, no bairro Água Limpa.

Guilherme Abrão foi atendido no Hospital de Base (HB) de Rio Preto e encaminhado ao Hospital do Servidor Público de São Paulo, onde continuava ontem internado com queimaduras graves.

O hospital não informou se ele corre risco de morte.

O álcool estava em uma garrafa plástica guardada em um quarto separado da casa, de onde teria sido retirado pelas crianças sem que a mãe notasse.

Parte do líquido foi despejada em um pires e um fósforo foi riscado. A ideia dos irmãos era queimar carrapatos retirados dos cachorros da família.

A diversão virou desastre quando um dos irmãos – a polícia tenta identificar qual – jogou o restante do álcool da garrafa no recipiente em chamas. A combustão espalhou o produto em chamas pelo corpo do caçula, que ficou no centro das chamas.

No HB, os médicos avaliaram que a criança teve 38% do corpo queimado. No momento em que ocorreu o acidente, a mãe das crianças, Ana Ermelinda Francisco Nascimento, 30 anos, que está grávida, tomava banho.

Guilherme estava apenas de cueca, o que teria piorado a situação. “Do pescoço para baixo ficou todo queimado e perdeu toda a pele”, disse o padrasto da criança, Roberto Januário, 44 anos. Ao ouvir os gritos dos filhos, a mãe teria corrido e contido o restante das chamas.

A criança foi levada ao pronto-socorro do município pelo padrasto. As outras crianças tiveram chamuscamentos leves, também passaram por atendimento médico no mesmo pronto-socorro e depois foram liberadas.

Ontem, a reportagem conseguiu falar com a mãe da vítima em São Paulo, mas ela estava abalada com a situação e não poderia comentar o estado de saúde do filho. Ana está no oitavo mês de gestação e acompanha a recuperação do filho.

Segundo Januário, a mulher contou que a criança recebeu medicamentos e teve o corpo enfaixado. “Ele está com muita dor”, disse. Para o delegado Ericson Salles Abufares, não houve negligência dos pais.

Distância

Segundo o padrasto da criança, o tratamento em São Paulo dificulta o acompanhamento da família. “O atendimento foi eficiente, mas o problema é a distância. Minha mulher (grávida) está sozinha e sofrendo com tudo isso”, disse.

A região conta com uma unidade de tratamento de queimados no Hospital Padre Albino de Catanduva, mas segundo a família não havia vaga para internação da criança.

A assessoria do hospital Padre Albino informou que a internação em uma unidade da capital foi determinada pela Central de Vagas da Secretaria de Estado da Saúde, que leva em conta a gravidade e os locais mais indicados para cada tipo de paciente.

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