Aconteceu na manhã desta quinta-feira, 2 de abril, na sede da Agrícola Arakaki, reunião entre a Brenco, multinacional responsável pela construção do polioduto Alto Taquari/Santos, e os proprietários das usinas Alcoeste, Ouroeste, Guarani, UNP, Coruripe, Colombo, Moema e Jataí.
O objetivo da reunião foi apresentar o projeto do polioduto, que transportará 8 milhões de m³ de etanol por ano e que está orçado em R$ 2,7 bilhões. Com a construção do duto, que tem inauguração prevista para outubro de 2011, pretende-se escoar a produção de 70 usinas brasileiras.
Segundo o vice presidente executivo de comercialização e logística da Brenco, Rogério Manso, é imprescindível a adesão das usinas da região por onde o duto passará para que o mesmo tenha volume de etanol suficiente para manter contínuo o escoamento até o porto de Santos.
As usinas presentes na reunião mostraram-se muito interessadas em participar do polioduto, tendo em vista que este representa uma economia de 30 a 40% em comparação com o transporte rodoviário. Os empresários entusiasmaram-se ainda mais ao saberem que Fernandópolis é um dos prováveis pontos onde a Brenco construirá uma estação de capitação e bombeamento, tendo em vista o grande número de usinas que estão próximas ao município.
As usinas serão visitadas individualmente pela Brenco nos próximos dias, onde apresentará a minuta de contrato e também as tarifas da prestação do serviço de transporte pelo duto.
O projeto tem como alicerce o controle de qualidade, desde o recebimento do etanol, através de análise de amostragem, inspeção e remoção de lacres da transportadora e controle de volume no recebimento, passando pela movimentação e a entrega, através de certificação dos produtos por inspetora independente e controle de volume na entrega.
A Brenco já está planejando a construção de um segundo duto, que sairá da cidade de Paulínea e irá até o Mato Grosso, utilizando o mesmo trajeto do primeiro duto, porém, transportando diesel e gasolina para o interior do país.
Um dos diferenciais oferecidos pela multinacional será a possibilidade dos produtores estocarem o etanol em tanques da própria Brenco, o que diminuirá o valor de investimento em estocagem.
Há mais de dois anos o Grupo Arakaki mantém contato com a Brenco e esta foi a quinta reunião com a multinacional.