Brasileiro trabalhou metade do mês de maio só para pagar a cesta básica.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, foram necessárias 98 horas e 44 minutos de batente para adquirir os itens básicos. Esse tempo é equivalente a mais da metade de um mês de trabalho, se levada em conta uma jornada semanal de 44 horas.
O levantamento do Dieese ainda mostra que o salário mínimo necessário para bancar a variação no preço da cesta básica e também gastos com educação, saúde e vestuário deveria ter sido de 3.377 reais em maio, mais de quatro vezes superior ao que vale hoje.
Para estimar o valor médio do salário mínimo necessário, o Dieese toma como base a constituição, que estabelece que o montante deve suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.