Dois anos depois de vender balas no semáforo, o brasileiro Felipe Augusto brilhou nos gramados de Malta. O atleta de 24 anos marcou o chamado gol que Pelé não fez e agora tenta concorrer ao Prêmio Puskás, dado pela Fifa ao autor do gol mais bonito da temporada
Ainda no campo de defesa, o meia recebeu uma bola cortada pelo zagueiro e, com três toques, cortou o marcador, ajeitou e encobriu o goleiro rival, que estava a uma distância de mais de 50 metros.
“Por incrível que pareça, foi um lance premeditado. Antes de começar o campeonato, eu comentei com um companheiro meu de time, também brasileiro, que os goleiros daqui jogam muito adiantados e que até o fim da temporada eu faria um gol do meio de campo. Ainda não havia tido oportunidade, e ela surgiu no fim de semana. Arrisquei e deu super certo”, disse Felipe Augusto, em entrevista exclusiva à BandNews FM.
Atleta do Kerċem Ajax, recém-promovido à divisão de elite da ilha, ele luta para ajudar o time a não ser rebaixado.
Com passagem pelas categorias de base do Grêmio Barueri e do Internacional, antes de se profissionalizar no Juventus, da Mooca, Felipe Augusto jogou a Copa Paulista e, depois, rodou por clubes menores do interior de São Paulo, como União São João, Presidente Prudente e Grêmio Mauaense.
“Cheguei a desistir por três vezes do futebol. Meu grande sonho no esporte é chegar a um clube de expressão e dar uma melhor condição à minha família.”