O Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) informou na 3ª feira (17.out.2023) que foram registradas 134 mortes por covid-19 na última semana epidemiológica (8-14.out). Foram contabilizados 8.695 novos casos no mesmo período.
Ao todo, são 706.276 mortes pela doença no Brasil desde o início da pandemia, em 2020. No total, são 37.858.614 diagnósticos confirmados no período.
Já sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ministério da Saúde parou de publicar o boletim diário com a quantidade de casos e mortes pela covid. Agora, os dados são divulgados semanalmente –divididos por semanas epidemiológicas. A decisão foi tomada em fevereiro de 2023. O motivo: a alteração na periodicidade “otimiza” o trabalho das equipes de vigilância nas unidades da Federação e “não há mais motivo para notificação diária”, segundo o Conass.
A última semana contabilizada, que terminou em 14 de outubro, foi a 9ª com menos mortes registradas desde o início da pandemia. A mais recente onda (pico de casos e mortes pela doença) foi registrada em fevereiro de 2022, quando o total na semana ultrapassou 6.000 mortes.
MORTES PROPORCIONAIS
O Brasil registra 3.477 mortes por milhão. Dentre as unidades da Federação, a pior situação é a do Rio de Janeiro, com 4.828 vítimas por milhão. As taxas consideram o número de mortes confirmadas pelo Ministério da Saúde e a população do Censo Demográfico 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em cada unidade da Federação.
RANKING MUNDIAL
O Brasil ocupa a 16ª posição do ranking mundial de mortes proporcionais pela covid. A lista é liderada pelo Peru, com 6.511 mortes por milhão. É seguido por Bulgária (5.664), Bósnia e Herzegovina (5.058) e Hungria (4.897).
Os Estados Unidos lideram em número absoluto de mortos pela doença. Ao todo, foram registradas 1.127.152 mortes por covid no país desde fevereiro de 2020, segundo dados do Our World in Data.
O ranking de mortes proporcionais (abaixo) deve ser lido com cautela, já que há alta subnotificação das mortes pela doença e, em alguns países, a subnotificação é maior do que em outros.
Estudo publicado na revista Lancet em 2022 mostra que, embora a contagem oficial dos países mostrasse 6 milhões de mortes, a estimativa mais precisa é de que 18 milhões de vidas foram retiradas pela covid em 2020 e 2021.
A Índia, por exemplo, é conhecida pela sua subnotificação. A contagem do Our World in Data mostra 532.034 mortos até 12 de outubro de 2023. O estudo da Lancet, porém, estima que mais de 4 milhões tenham morrido no país.
A China é outro país para o qual não se confia nos dados, assim como Indonésia, Rússia e a maioria dos países da África.