No dia 9 de novembro, cinco capitais brasileiras participarão pela primeira vez do mês mundial de conscientização sobre câncer de pulmão. A Associação Brasileira do Câncer promoverá uma ação com o intuito de conscientizar a população para esse que é um dos tipos mais comum de câncer.
A campanha chega ao momento, em que o Instituto Nacional do Câncer (INCa) fez um apontamento preocupante, pois mais de 27 mil casos serão diagnosticados apenas no Brasil em 2006.
Por meio de folhetos explicativos, orientações com médicos e do apoio de representantes da Associação, informações relevantes a respeito da doença serão transmitidas para população. Além disso, todos que passarem pelo Jardim de Alá poderão participar da criação de um enorme painel de conscientização, com recados e mensagens relacionadas ao tema. A ação acontecerá também em Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Belo Horizonte.
“A proposta desse primeiro evento é que as pessoas tenham acesso fácil a informações sobre o funcionamento do pulmão, prevenção e como esse tipo de câncer pode se desenvolver”, afirma a presidente da associação, Vitória Herzberg.
O câncer de pulmão é desencadeado por uma disfunção do organismo. De forma desordenada e sem controle, as células presentes em nosso pulmão se dividem e se reproduzem dando origem a uma lesão tumoral. O maior problema é que grande parte dos pacientes só descobrirá isso após muito tempo, quando a doença se tornará praticamente incurável. O cigarro é responsável por 30% das mortes por câncer e por 90% das mortes por câncer de pulmão.
A maneira mais fácil de se diagnosticar o câncer de pulmão é através de um raio-X de tórax, complementado por uma tomografia computadorizada. Os sintomas podem ser considerados comuns aos fumantes – tosse, chiado, ronco, dor no tórax, falta de ar e pneumonite –, o que leva muitos deles a não se preocuparem, mas cabe lembrar que o mal não atinge somente àqueles que fumam.
De qualquer modo, a preocupação geralmente tem início quando os tumores invadem a pleura ou a parede torácica, causam dor, tosse e falta de ar – fase mais avançada da doença. Por esse motivo, apesar de não ser o tipo mais freqüente de câncer, é o que mais mata.
Atualmente existem alguns tratamentos inovadores para o câncer de pulmão, como, por exemplo, a terapia anti-neoplásica oral, que proporciona melhor qualidade de vida para o paciente. Além disso, medicamentos cada vez mais modernos estão auxiliando os especialistas no tratamento da doença; um deles é o anticorpo monoclonal, que corta o fornecimento de nutrientes e oxigênio ao tumor.
A Associação Brasileira do Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), sem fins lucrativos, cuja missão é informar, educar e mobilizar a sociedade para a prevenção, detecção precoce e diminuição do sofrimento das pessoas tocadas pelo câncer.