O governo brasileiro vai passar a exigir certificado internacional de vacinação contra a febre amarela de viajantes procedentes de Angola e da República Democrática do Congo e de outras pessoas que tenham como destino os dois países.
A exigência é uma orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) devido ao surto da febre amarela urbana registrado no dois países africanos.
Os viajantes, inclusive delegações que virão para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que estiverem em trânsito por esses países, devem apresentar o certificado com data de vacinação de pelo menos 10 dias antes da viagem. A exigência deverá permanecer até novas recomendações da OMS.
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor do vírus Zika, da dengue e da chikungunya, a febre amarela urbana foi notificada pela última vez no Brasil em 1942, no Acre. No ao passado, foram registrados nove casos de febre amarela silvestre em todo o Brasil, com cinco mortes. Este ano, até abril, foi identificado um caso com óbito.
A maior parte do território brasileiro é considerada área com recomendação para vacinação de rotina contra a doença. Não fazem parte desta lista Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
No Brasil, a vacina contra a febre amarela é aplicada desde 1937. O imunizante está disponível gratuitamente nos postos de saúde da rede pública. Segundo a pasta, o produto é altamente eficaz e seguro para o uso a partir dos 9 meses de idade em residentes e viajantes para áreas com recomendação de vacina ou a partir de 6 meses de idade em situações de surto da doença. A vacina confere imunidade em 95% a 99% dos vacinados.
Sintomas
Os sintomas iniciais da febre amarela são: febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas e no corpo, em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.