sexta, 25 de outubro de 2024
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Brasil e EUA deflagram operação anti-fraude

Agentes da Polícia Federal (PF) foram mobilizados hoje para desmontar a ação de uma quadrilha que teria obtido a soma de US$ 50 milhões em crimes financeiros contra investidores estrangeiros….

Agentes da Polícia Federal (PF) foram mobilizados hoje para desmontar a ação de uma quadrilha que teria obtido a soma de US$ 50 milhões em crimes financeiros contra investidores estrangeiros. Os fraudadores lesaram pessoas físicas e jurídicas de diversos países, principalmente da Inglaterra, Espanha, Austrália, Estados Unidos e alguns países da Ásia, conforme nota distribuída à imprensa pela Polícia Federal.

A operação, denominada Pirita, foi montada em conjunto com FBI (sigla em inglês para Departamento Federal de Investigação), que cumpriu dois mandados de prisão contra brasileiros, em Miami. No Brasil, a ação ocorre em nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, onde deverão ser cumpridos 27 mandados de prisão temporária, três mandados de prisão preventiva e 35 ordens de busca e apreensão.

De acordo com o comunicado da PF, para atrair as suas vítimas os criminosos utilizavam recursos sofisticados, com a criação de empresas fantasmas. Eles forjaram sites “de falsas empresas de fusões e aquisições, agências reguladoras, americanas e asiáticas, e diversos contratos e documentos para ludibriar estrangeiros possuidores de ações com baixa liquidez”.

Os negócios concentravam-se em São Paulo e há pouco tempo o escritório foi transferido para Buenos Aires, na Argentina. De acordo com a PF, operadores de telemarkenting ofereciam condições irrecusáveis para a compra dessas ações. Quem caía no golpe fazia o depósito antecipado de taxas de corretagem (pagas a corretoras) e impostos, acreditando na promessa de restituição de todo o valor pago.

O dinheiro era transferido para contas abertas nos Estados Unidos pelos integrantes do núcleo da quadrilha. Em seguida, os fraudadores repassavam o valor para várias outras contas e assim evitavam ser descobertos.

Os crimes praticados com a ajuda de doleiros já vinham ocorrendo há pelo menos cinco anos no exterior e há três anos no Brasil. Ainda conforme a nota, os principais crimes cometidos pela quadrilha são estelionato, evasão de divisas e operação de instituição financeira sem a competente autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Os acusados podem pegar até 33 anos de prisão.

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