domingo, 24 de novembro de 2024
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Brasil, e agora?

Existem boas pessoas que votaram no Bolsonaro e boas pessoas que votaram no Lula. Infelizmente, há também extremistas em ambos os lados. Infelizmente estão julgando o caráter de quem votou…

Existem boas pessoas que votaram no Bolsonaro e boas pessoas que votaram no Lula.

Infelizmente, há também extremistas em ambos os lados. Infelizmente estão julgando o caráter de quem votou em A ou B. No entanto, esquecemos que o voto, assim como a escolha de tudo na vida, é baseado nos conhecimentos e experiências de vida e sobretudo como cada indivíduo assimila tudo isso.

A escolha de um dos candidatos, assim como time que torce, religião ou até mesmo opção sexual, não faz da pessoa melhor ou pior. É simplesmente vivência, ponto de vista e expectativas diferentes.

Agora, a forma grosseira de lidar, julgar e acusar o outro porque ele pensa o contrário, isso é lamentável. Ninguém é dono da verdade. Todos têm o livre arbítrio de escolher esse ou aquele, isso ou aquilo, desde que seja legal.

Nas redes sociais, mensagens de ódio contra irmãos nordestinos, policiais dizendo para “não tentar pegar o ladrão a todo custo”, para “deixar a população provar do próprio veneno“ e até caminhoneiros bloqueando rodovias, pedindo uma intervenção militar. Isso é democracia?

Penso que, se meu candidato ganhou ou perdeu, é meu país. Tenho que continuar lutando pelo povo de bem, pela minha família, meus filhos. Não dá para cruzar os braços e ficar julgando. Não há tempo para luto! É tempo de oração. Independente de quem seja o presidente eleito, Deus continua sendo Deus. Temos que crer na direção dEle.

Deixo claro que não estou defendo lado nenhum. No entanto, precisamos parar de pensar que somos mais inteligentes que o outro. Precisamos parar de pensar que só nós somos esclarecidos e o outro não. Claro que podemos não concordar, isso é fato! Mas temos a obrigação de respeitar, isso é o mínimo.

Não esqueça de que nossas atitudes dizem muito sobre nós. Cuidado com as projeções pessoais, elas têm mais a ver com a gente do que com o outro.

Por Jean Braida
@jeanbraida

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