Relatório avaliou o cumprimento das metas do programa Educação Para Todos em 125 países
O Brasil está 72º lugar no ranking de escolaridade da Organização das Nações para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O relatório anual “Educação Para Todos” divulgado nesta quarta-feira (26), em Nova York, avaliou 125 países no que diz respeito ao cumprimento das seis metas traçadas na Conferência Mundial de Educação de 2000. O Brasil apresenta um índice de 0.905 e está uma posição atrás do Paraguai (0.909) e uma à frente da Síria (0.902).
O indicador da Unesco varia de 0 a 1 e mostra o quão próximo de atingir as metas cada país está. Dos países analisados, 47 apresentam um índice de 0.95 ou acima na classificação da Unesco e já cumpriram as metas. Reino Unido, Eslovênia e Finlândia são os três primeiros do ranking de desempenho, com 0.994. O Brasil está no grupo intermediário (índice entre 0.80 e 0.94) ao lado de outras 48 nações. O último grupo, com índice abaixo de 0.80, reúne 29 países, dos quais cinco apresentam taxa abaixo de 0,60. O objetivo do programa é de que todas as metas sejam alcançadas até 2015.
A quinta edição do relatório da Unesco mostra um quadro da educação e cuidados da primeira infância e o progresso dos países com relação aos outros objetivos do programa e os níveis de ajuda para a educação básica.
As seis metas do programa da Unesco
1. Expandir e aprimorar a educação e os cuidados com a primeira infância, especialmente para as crianças mais vulneráveis e desfavorecidas.
2. Garantir que em 2015 todas as crianças, especialmente meninas, crianças em situações difíceis e crianças pertencentes a minorias étnicas, tenham acesso a uma educação primária de boa qualidade, gratuita e obrigatória, além da possibilidade de completá-la.
3. Assegurar que as necessidades de aprendizagem de todos os jovens e adultos sejam satisfeitas mediante o acesso eqüitativo à aprendizagem apropriada e a programas de capacitação para a vida.
4. Atingir, em 2015, 50% de melhoria nos níveis de alfabetização de adultos, especialmente para as mulheres, e igualdade de acesso à educação fundamental e permanente para todos os adultos.
5. Eliminar, até 2005, as disparidades existentes entre os gêneros na educação primária e secundária e, até 2015, atingir a igualdade de gêneros na educação, concentrando esforços para garantir que as meninas tenham pleno acesso, em igualdade de condições, à educação fundamental de boa qualidade e que consigam completá-la.
6. Melhorar todos os aspectos da qualidade da educação e assegurar a excelência de todos, de modo que resultados de aprendizagem reconhecidos e mensuráveis sejam alcançados por todos, especialmente em alfabetização, cálculo e habilidades essenciais para a vida.