terça, 7 de janeiro de 2025
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Brasil dobra aplicação de doses de reforço em janeiro

A administração do reforço da vacina da covid-19 dobrou em janeiro de 2022 no Brasil. Passou de 10 milhões em dezembro para 20,7 milhões. Acelerou pelo 2º mês seguido. E…

A administração do reforço da vacina da covid-19 dobrou em janeiro de 2022 no Brasil. Passou de 10 milhões em dezembro para 20,7 milhões. Acelerou pelo 2º mês seguido. E chegou pela 1ª vez ao patamar das 20 milhões de aplicações.

Com o resultado, o país fechou o mês com 22% da população com a 3ª dose. São 10 pontos percentuais a mais que em dezembro.

A alta acontece durante a dispersão da variante ômicron e a ampliação do reforço para combatê-la. A cepa é considerada mais transmissível e com escape vacinal.

Um apagão dos dados do Ministério da Saúde também contribuiu com o aumento. Em dezembro, a pasta sofreu ataque hacker. Isso dificultou o registro de informações por vários Estados no sistema do governo. Dessa forma, notificações de vacinação de dezembro represadas foram reportadas neste mês.

1ª, 2ª E DOSE ÚNICA

O total de vacinas aplicadas no mês (considerando 1ª, 2ª, 3ª e dose única) foi de 31,2 milhões. Houve aumento de 43% em relação a dezembro. A 1ª alta frente ao mês anterior desde agosto. O saldo do mês também foi o maior desde novembro.

O aumento foi impulsionado pelo reforço e pelo começou da imunização infantil, em 14 de janeiro.

A vacinação da população em geral começou em 17 de janeiro no Brasil, mas ainda de forma lenta. O pico da 1ª aplicação foi em agosto, quando 31milhões de pessoas a receberam. Em janeiro, 4 milhões tomaram a 1ª dose –dobro das 2 milhões que tomaram em dezembro.

O recorde da 2ª dose ou dose única foi em setembro, quando foram administradas 29 milhões. Em janeiro, 7 milhões completaram o 1º ciclo vacinal –queda de 32% frente a dezembro.

O país fechou janeiro com 165 milhões de vacinados com a 1ª dose. O dado representa 77% da população (213 milhões). Há 150 milhões com o 1º ciclo completo (70% dos brasileiros).

REFORÇO NO BRASIL

O Brasil confirmou os primeiros casos da ômicron no final de novembro. Com isso, Estados reduziram o intervalo entre a 2ª e a 3ª dose –que era de 5 meses. São Paulo, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Minas Gerais estabeleceram que fosse de 4 meses. O Espírito Santo adiantou para 3 meses o reforço para idosos.

Em 20 de dezembro, o Ministério da Saúde reduziu o intervalo de 5 para 4 meses. Dessa forma, ampliou o número de pessoas que poderia receber a proteção.

A administração da 3ª dose começou em setembro, motivada pela queda da proteção dos imunizantes a longo prazo. Inicialmente, só idosos, imunossuprimidos e profissionais de saúde podiam receber a dose extra. O intervalo para esta também era maior: de 6 meses.

O Ministério da Saúde ampliou a dose de reforço da vacina contra a covid-19 para todos os adultos em novembro. Também diminuiu naquele mês o tempo para 5 meses. Mas nenhuma dessas medidas acelerou a aplicação em novembro. A alta só foi vista neste mês.

Qualquer adulto está apto ao reforço a partir de 4 meses da 2ª dose da Pfizer, CoronaVac ou AstraZeneca. Quem tomou a vacina da Janssen há 2 meses já pode tomar a injeção.

Desde dezembro de 2021, imunossuprimidos acima de 18 anos podem receber a 4ª dose. Ela é aplicada 4 meses depois da 3ª injeção.

METODOLOGIA

Os dados de vacinação desta reportagem são da plataforma coronavirusbra1, que compila informações das secretarias estaduais de Saúde. Já os números da população são da projeção do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de habitantes no Brasil em 2021.

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