Brasil deve investir mais em fontes de energia poluentes nos próximos anos.
Pelo menos foi o que indicou relatório sobre políticas climáticas desenvolvido pela norte-americana WRI, uma organização internacional de pesquisa sobre sustentabilidade.
De acordo com o documento, 70% da verba estimada em 500 bilhões de dólares deve ser direcionada, até 2022, para fontes com altas emissões de gases de efeito estufa, como o carbono, por exemplo.
O avanço da dependência do país por combustíveis fósseis, que foi ratificado por pelo Ministério de Minas e Energia e pela Empresa de Pesquisa Energética, vai no sentido oposto à postura adotada por grande parcela das economias consideradas emergentes.
Entre 2005 e 2011, mesmo com a redução do desmatamento, o Brasil elevou em 24% as emissões do setor de energia.
Além de indicar uma reformulação no transporte público nacional, com planos locais de mobilidade e incentivos ao transporte sobre trilhos, o documento reitera a necessidade de investimentos em energia limpa, como solar e eólica.
Diante deste cenário, o Brasil ainda tenta costurar acordo global para a 21ª Conferência do Clima, a chamada COP 21, que será realizada em dezembro, em Paris.