O mercado financeiro estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 1,52% em 2024. A projeção é a metade da alta prevista para 2023 — o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística deve divulgar o resultado do ano passado em 1º de março.
Os dados com as perspectivas para a economia brasileira estão no Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central em 26 de dezembro. O relatório é divulgado semanalmente e traz projeções de economistas sobre diversos indicadores.
Nos dados, há projeções mais pessimistas, como a da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (alta de 1%), e mais otimistas, como previsto pelo Ministério da Fazenda, que aposta em crescimento de 2,2%.
Em 5 de dezembro, o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, disse esperar crescimento de 2,5% para o PIB do Brasil em 2024. Ele afirmou que, para isso, o “Banco Central precisa fazer o trabalho dele”.
Crescimento do Brasil abaixo da média global
As estimativas dos principais organismos internacionais revelam que o PIB global terá expansão de 2,1% (Fitch Ratings) a 2,9% (Fundo Monetário Internacional) em 2024, conforme o portal Poder360. “Problemas” do mercado imobiliário da China, dos Estados Unidos e da União Europeia são alguns dos fatores que explicam a desaceleração.
No entanto, a projeção mundial tende a ser maior do que a brasileira. As previsões dessas organizações para a atividade econômica no país são de alta de 1,3% a 1,8%.
No Grupo dos 20 (G20) — que reúne os 19 países mais industrializados do mundo mais a União Europeia e a União Africana — seis nações devem registrar crescimento maior que o do Brasil:
Arábia Saudita (de 3,1% a 4%);
China (de 4,4% a 4,7%);
Coreia do Sul (de 2,1% a 2,2%);
Índia (de 6% a 6,4%);
Indonésia (de 5% a 5,2%); e
Turquia (de 2,6% a 3%).
Mercado errou previsões anteriores
Mesmo com a previsão de que a economia do Brasil vai crescer abaixo da média, a última projeção de agentes financeiros para a economia brasileira era de 0,8%. No entanto, o PIB subiu quase quatro vezes mais do que o esperado.
Para 2021, a estimativa do mercado financeiro era que a economia brasileira subisse 3,4%. Ao final, cresceu 4,8%. Especialistas previram uma alta de 0,36% para o PIB em 2022, mas o indicador avançou 3%.