O ministro da saúde, Arthur Chioro, disse nesta sexta-feira (5) que, apesar de não ter nenhum caso registrado no país, ainda “não podemos ficar tranquilos” em relação ao ebola.
Segundo Chioro, a epidemia nos países da África Ocidental ainda deve demorar para ser controlada. “A epidemia não está controlada. Na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné ela continua trazendo óbitos e não se tem uma perspectiva de redução em curtíssimo prazo. O trabalho de controle depende desse apoio internacional”, disse.
A afirmação ocorreu após os ministros de saúde dos países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) anunciarem, em Brasília, um acordo para desenvolver um plano de controle do ebola. Na quarta-feira (3), o Ministério da Saúde anunciou a doação de R$ 25 milhões para o combate da epidemia e apoio aos países mais afetados.
Além do ebola, os ministros também firmaram um acordo para ampliar o acesso a medicamentos para tratamento de tuberculose nos países do Brics –os quais representam 50% dos casos notificados da doença no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde– e de baixa renda.
Entre as ações previstas, está a elaboração de um plano para chegar em 90% o número de pessoas que possam receber o tratamento nestes locais. No Brasil, os medicamentos são distribuídos pelo SUS.
Os ministros também divulgaram a criação de grupos de trabalho para discutir estratégias de prevenção e tratamento da desnutrição, obesidade e controle do vírus HIV. A meta é garantir o diagnóstico, o tratamento e redução da carga viral do HIV para toda a população destes países até 2020.
As propostas serão apresentadas em março de 2015, em reunião em Genebra, na Suíça.