O finlandês Valtteri Bottas venceu o Grande Prêmio da Rússia de Formula 1 pela Mercedes neste domingo, depois que seu companheiro de equipe e líder do Mundial de Pilotos, Lewis Hamilton, foi atrapalhado por punições recebidas antes de a corrida sequer ter começado.
Hamilton, que havia largado na pole position em Sochi – o piloto britânico buscava a 91ª vitória da carreira para igualar o recorde da lenda da Ferrari, Michael Schumacher – terminou em terceiro lugar, atrás de Max Verstappen, da Red Bull. Hamilton acusou os fiscais de tentarem impedi-lo de vencer e disse que as sanções “ridículas” foram excessivas, mas esperadas: “Estão tentando me parar, não estão?”, disse o britânico à emissora Sky Sports.
A vantagem do britânico para Bottas diminuiu para ainda confortáveis 44 pontos, transcorridas dez das 17 corridas, depois que o finlandês somou um ponto extra por ter feito a volta mais rápida.
“Nunca desista. É um bom dia”, disse Bottas, que respondeu aos críticos por meio de falas pelo rádio da equipe, enquanto recebia a bandeirada.
“É bom vencer, fazia tempo e eu preciso tentar manter o embalo… ainda há algumas corridas pela frente, então nunca se sabe. Vou continuar tentando. Não desistirei e veremos como termina”.
A vitória – por 7,729 segundos de diferença para Verstappen – foi a segunda do finlandês nesta temporada e a primeira desde o retorno da F1 com o GP da Áustria, em julho.
Punições marcaram GP da Rússia
Bottas disse que teve sorte, mas que provavelmente teria vencido de qualquer maneira, com Hamilton largando com pneus macios, que desgastam mais, enquanto o finlandês estava com pneus médios, uma melhor estratégia para o longo prazo.
As esperanças de Hamilton, de qualquer maneira, desapareceram quando os fiscais emitiram duas punições de cinco segundos por largadas fora da área designada, enquanto ele se dirigia para o grid.
Hamilton também somou dois pontos de punição na sua habilitação, ficando a apenas dois de ser suspenso por uma corrida — o que acontece quando um piloto soma 12 pontos ao longo de 12 meses.
Em uma prova maçante e solitária para os três primeiros, após duas etapas empolgantes na Itália, a Mercedes manteve sua marca de vencer todos os Grandes Prêmios da Rússia, desde o primeiro, em 2014, no circuito urbano ao redor das instalações das Olimpíadas de Inverno.
O mexicano Sergio Pérez foi quarto colocado pela Racing Point, com o australiano Daniel Ricciardo em quinto, pela Renault, e Charles Leclerc, em sexto, pela Ferrari.
O francês Esteban Ocon ficou em sétimo, pela Renault, com o russo Daniil Kvyat, da AlphaTauri em oitavo, o que agradou o primeiro público de verdade da temporada, após oito corridas com portões fechados devido à pandemia de Covid-19.
Seu companheiro de escuderia, Pierre Gasly, que surpreendeu ao vencer em Monza, foi nono colocado, enquanto Alexander Albon, da Red Bull, levou o último ponto, na décima posição.