O prefeito e candidato à reeleição em São Paulo, Bruno Covas (PSDB), aproveitou a sabatina do Estadão para as eleições 2020 nesta quinta-feira, 15, para nacionalizar a campanha e criticar a queda no repasse de recursos federais pelo governo Jair Bolsonaro à capital paulista. Covas disse que Bolsonaro “virou as costas à cidade”, e que o presidente deve explicações pela diminuição no envio de recursos.
A declaração serviu de crítica também a seu principal concorrente na disputa, Celso Russomanno (Republicano), que é apoiado pelo presidente.
“O presidente podia aproveitar então, já que está dedicado e focado na campanha do Celso Russomanno, (para explicar) porque ele diminuiu as transferências voluntárias à cidade de São Paulo em 97%, quando comparado o último ano da gestão Temer com o ano de 2020”, disse Covas aos jornalistas do Estadão.
“Ele podia explicar porque virou as costas para a cidade de São Paulo nesses dois anos, e o candidato dele pode (Russomanno) explicar por quê, nesses dois anos, ele não ajudou a cidade de São Paulo a buscar esses recursos que foram reduzidos pela administração federal”, disse o prefeito.
Ele disse, no entanto, que apesar da queda em repasse de recursos voluntários, a Prefeitura conseguiu um total de R$ 2,5 bilhões com os governos estadual e federal para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
Covas também evitou classificar a queda nos repasses como um “boicote deliberado”, mas deixou aos espectadores a conclusão. “Vocês podem classificar o que é isso”, disse.
Questionado sobre a ausência do governador João Doria (PSDB) em peças da sua propaganda política. Ele disse que Doria ainda deve aparecer nos vídeos da campanha para mostrar obras que a gestão municipal tem feito em conjunto com o governo estadual.
“Não tenho nenhum problema em mostrar pessoas que me apoiam, não escondo meus apoiadores.”