O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira (18), durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que teme por sua segurança e, por isso, não participará de debates no segundo turno, para evitar aglomerações.
Como exemplo, o candidato mencionou o fato de ter sido examinado por uma junta médica no Rio e não ter viajado para São Paulo onde fica o Hospital Albert Einstein.
“Fui aconselhado a não ir porque ao pousar em São Paulo eu teria de fazer um deslocamento e poderia sofrer um atentado e isso seria ideal para esses que estão aí [os meus adversários]”. As informações são da Agência Brasil.
Mas, de acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, a equipe do candidato está agendando uma entrevista dele com a TV Aparecida, ligada à Igreja Católica. Ainda não há informações sobre data.
Durante esta semana, Bolsonaro se reuniu com dom Orani Tempesta, cardeal do Rio de Janeiro.
Durante a transmissão na rede social, o militar mostrou, pela primeira vez, os 35 pontos que levou no abdômen e a bolsa de colostomia, colocada do lado direito do corpo – ela está ligada ao intestino grosso e é usada para eliminação das fezes.
“O pessoal [do Haddad] quer que eu vá a debate. Eu posso ter um problema com a bolsa de colostomia. Posso ter que voltar ao hospital. Eu não vou debater com um poste porque o Haddad vai falar de ministério, mas quem vai botar as pessoas lá é o Lula. Segundo a Constituição, se eu morrer assassinado por uma facada, por um tiro de um sniper [atirador de elite], o que vai acontecer é o terceiro colocado vir a disputar a eleição. Então teremos o segundo turno entre Haddad e Ciro.”