Líder do Campeonato Português e classificado para as oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa com a primeira posição do Grupo D já assegurada.
A boa campanha do Porto na atual temporada está diretamente ligada a um paredão defensivo: Felipe e Eder Militão. Os brasileiros formaram dupla de zaga em 15 oportunidades, nas quais a equipe portuguesa foi vazada apenas quatro vezes e fez 33 gols.
Em sua terceira temporada em Portugal, o ex-corintiano Felipe é, aos 29 anos, um dos principais líderes do elenco e já foi capitão do Porto algumas vezes. Ele tem usado a sua experiência para ajudar na adaptação do compatriota, de apenas 20 anos e que foi contratado na última janela de transferências.
“No elenco do Porto todos se ajudam. Atrás de nós tem o Iker (Casillas), que é uma lenda do futebol e nos orienta bastante. Eu procuro ajudar, assim como os outros jogadores. Aproveito para passar o que já vivi nesses últimos anos na Europa e no clube, o estilo de jogo europeu, a formação tática… Mas todos têm boa relação e os mais antigos do elenco sempre estão dando suporte para quem chega”, disse Felipe ao jornal O Estado de S.Paulo.
O zagueiro lembra que quando trocou o Bragantino pelo Corinthians, em 2012, várias pessoas tiveram esse papel de “tutor” e ajudaram em seu desenvolvimento no clube. “Muita gente me ajudou. Não só atletas, mas os profissionais da comissão técnica, como o próprio Fábio Carille. O Paulo André me incentivou no começo. O Gil também foi um grande parceiro, um irmão, que me ajudou muito e fomos campeões brasileiros juntos, em 2015, formando a melhor defesa da disputa”.
Já em sua ida para a Europa, Felipe não precisou de uma “aclimatação”. Para ele, o fato de estar no meio da temporada no Brasil, quando foi contratado, enquanto os seus companheiros iriam começar a pré-temporada, foi determinante para ter impacto imediato. “Fisicamente, eu estava bem; tecnicamente também e o grupo aqui do Porto me acolheu muito bem e isso ajudou para que eu conseguisse mostrar meu futebol”.
A boa fase de Felipe e Eder Militão coloca a dupla no radar de Tite e da seleção brasileira. Depois da Copa do Mundo da Rússia, os dois foram lembrados pelo treinador para os amistosos contra Estados Unidos e El Salvador. Com facilidade para atuar ainda como lateral e volante, o ex-são-paulino também esteve na lista dos jogos contra Arábia Saudita e Argentina.
Felipe faz questão de ressaltar o alto nível de exigência de Tite, treinador que apostou em seu futebol no Brasil. “Ele contribuiu muito para a minha evolução no Corinthians, assim como o Fábio Carille. Tite é um treinador que procura estar sempre aprendendo alguma coisa, evoluindo, e os atletas que estão com ele precisam acompanhar isso. Minha intenção é fazer um grande trabalho no Porto e, se estiver bem no meu clube, a seleção poderá ser consequência”.