O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (1º) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai atuar de forma decisiva no processo de concessões e de retomada de privatizações no país, classificado pelo ministro como “algo que é de crucial importância para o Brasil”.
Meirelles participou da transmissão de cargo da nova presidente do banco, Maria Silvia Bastos, na sede da instituição, no centro do Rio de Janeiro. Na cerimônia, Meirelles disse ainda que o país vive “a mais intensa recessão na história”.
Meirelles disse que o dimensionamento correto e técnico do projeto, além da estruturação das diversas etapas, poderão ficar a cargo do banco. “De maneira que tenhamos de fato um processo de concessões, que em primeiro lugar, seja decisivo em trazer o investimento de volta ao país, aumentar o nível de emprego e de demanda da economia”, disse. Em um segundo momento, o ministro afirmou que o BNDES poderá contribuir para a queda do custo Brasil.
Recessão
O ministro lembrou que o governo está elaborando uma proposta de emenda constitucional (PEC), para ser enviada ao Congresso, para limitar os gastos públicos nos próximos anos. De acordo com Meirelles, o momento é ideal de promover a mudança, porque existe uma trajetória insustentável dos gastos, agravada nos últimos anos, chegando “a mais intensa recessão na história do país”.
BNDES
Na cerimônia, Meirelles disse que a relação do Ministério da Fazenda com o banco será de parceria. “Estamos alinhados. Claramente existe uma parceria de trabalho, para deixar absolutamente demonstrado, de forma cristalina, de que vamos trabalhar juntos. Tirar o país dessa recessão. Vamos colocar o país para crescer”, afirmou, após o discurso da nova presidente Maria Silvia Bastos.
O ministro parabenizou Maria Silvia por ser a primeira mulher, em 64 anos, a ocupar a presidência da instituição. “Assumindo o BNDES com grande entusiasmo, grande emoção e grande empenho, em um momento em que o Brasil de fato sinaliza, discute, mostra, debate e vai em frente, no que é um momento histórico de mudança no seu rumo econômico”, completou. Meirelles elogiou o trabalho do ex-presidente do banco Luciano Coutinho “pela dedicação e serviços ao país nestes anos todos”.
Meirelles destacou que o plano de ação proposto por Maria Silvia Bastos prevê que um banco de desenvolvimento deve atuar nas diversas áreas da economia, como um grande financiador do desenvolvimento de grandes e pequenos projetos, permitindo financiamento de longo prazo a entidades não teriam acesso. “Desde que sejam projetos viáveis e que vão gerar retorno para a sociedade para os seus acionistas e, principalmente, propiciar a capacidade de receber os seus recursos ao final do processo”, disse.