Um bispo da Igreja Universal gerou polêmica ao afirmar que a “marca da besta” estaria relacionada ao nível de escolaridade. “A marca do anticristo será implantada na mão direita daqueles que não têm diploma universitário […] Já os que têm diploma de ensino superior podem recebê-la na testa”, declarou durante um culto. O vídeo da fala viralizou nas redes e reacendeu discussões sobre o significado do número 666, citado no Apocalipse.
O trecho de Apocalipse 13:16-18 já foi interpretado de diversas formas, incluindo como um símbolo de controle e opressão política. O teólogo Cacau Marques explica que a marca representa lealdade a um sistema opressor, sem relação literal com sinais físicos. Já o professor Paulo Nogueira, da PUC-Campinas, aponta que o 666 pode ser uma referência ao imperador Nero, ligado à perseguição dos cristãos no Império Romano.
Após a repercussão do caso, a Universal declarou que a fala do bispo foi uma interpretação pessoal e não reflete sua doutrina. No entanto, especialistas alertam para o risco da distorção de textos bíblicos como forma de controle.
