sábado, 23 de novembro de 2024
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Bilheteria da Copa de 2018 fica abaixo da receita de 2014

A Copa do Mundo na Rússia, apesar de sua proximidade com as capitais da Europa Ocidental, não conseguiu gerar a mesma renda em termos de ingresso que a Copa de…

A Copa do Mundo na Rússia, apesar de sua proximidade com as capitais da Europa Ocidental, não conseguiu gerar a mesma renda em termos de ingresso que a Copa de 2014, no Brasil.

Dados obtidos com exclusividade pelo Estado revelam que o Mundial da Rússia irá gerar uma renda de US$ 495 milhões (cerca de R$ 1,8 bilhão) em ingressos. Pelo menos 40% desse valor virá dos torcedores russos.

Apesar de a Copa atingir uma receita recorde, o volume da bilheteria ficou abaixo dos US$ 518 milhões (R$ 1,9 bilhão) obtidos pela Fifa no Brasil, há quatro anos. Naquele momento, eram os torcedores brasileiros que garantiram a maior fatia dos lucros e representaram 60% de todos os ingressos vendidos.

Apesar da queda em comparação a 2014, a venda de entradas continuará superior aos valores de 2010, na África do Sul. Naquele momento, a receita foi de US$ 411 milhões (R$ 1,5 bilhão).

De acordo com a Fifa, 2,4 milhões de ingressos já foram vendidos para 2018. 120 mil outros ainda estão no mercado. Mas a presença da Europa Ocidental é relativamente fraca. 871 mil foram para mãos de torcedores russos, contra 88,8 mil para residentes dos Estados Unidos. O Brasil vem na terceira posição, com 75 mil.

O primeiro europeu apenas aparece na quinta posição, com a Alemanha somando 62 mil ingressos. Uma posição ainda mais distante está a Inglaterra, com 32 mil ingressos vendidos, abaixo até da Austrália.

Os pacotes VIP também registraram uma queda na Rússia, em comparação a 2014. Os documentos confidenciais apontam para vendas de US$ 360 milhões (R$ 1,3 bilhão), contra mais de US$ 620 milhões (R$ 2,3 bilhões) obtidos pela Fifa no Brasil.

Ainda que os ingressos não estejam no centro do debate financeiro da Fifa, uma receita em queda é um elemento que vem preocupando os dirigentes. Não por acaso, a candidatura americana para sediar a Copa de 2026 insiste que vem para o jogo com um cartada importante: oferecer US$ 2,5 bilhões (R$ 9,2 bilhões) em receita de bilheteria para a Fifa num Mundial com 48 seleções.

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