sexta, 22 de novembro de 2024
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Bento XVI dá sinais de que pretende viver recluso depois da renúncia

O papa Bento XVI pediu, nesta quinta-feira (14), uma renovação da igreja, e deu sinais de que pretende viver recluso depois da renúncia. No terceiro dia depois do anúncio da…

O papa Bento XVI pediu, nesta quinta-feira (14), uma renovação da igreja, e deu sinais de que pretende viver recluso depois da renúncia.

No terceiro dia depois do anúncio da renúncia, o Vaticano ainda procura respostas na constituição apostólica que possam indicar como viver com um papa em ação e outro em clausura.

O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, nesta quinta-feira considerou a possibilidade de Bento XVI vir a ser chamado de papa emérito, mas é apenas uma hipótese.

Os motivos da renúncia ainda são razão de incômodo e intensas especulações. Padre Lombardi confirmou a informação de que o papa caiu e bateu a cabeça durante uma viagem ao México no ano passado, mas negou que essa seja uma dos motivos para ele deixar o cargo.

Apoiado em uma bengala e ajudado pelo secretário particular, dom Georg, Bento XVI encontrou o clero romano. Recebeu um aplauso comovido. Bento XVI agradeceu o afeto e o amor que os padres demonstram ao papa. Declarou ainda que mesmo que ele se afaste e fique escondido para o mundo, estará sempre próximo através de orações.

Bem humorado, arrancou risos dos sacerdotes ao lembrar momentos de sua vida. E também soube emocionar profundamente muitos dos presentes.
Como um educador, o papa falou de improviso e refletiu sobre o Concílio Vaticano Segundo, uma das maiores reformas da igreja moderna, da qual foi um dos teólogos. Bento XVI pediu à plateia de tantos jovens uma verdadeira renovação da igreja. Mas, na visão dos padres, é o velho papa, de 85 anos, que, com o seu gesto reformador, pode provocar grandes mudanças.

“Ele foi muito corajoso. Quebrou a tradição, mudou tudo”, afirmou um italiano.
“Eu acho que vai revitalizar a igreja. É como a chegada da primavera. É um momento cheio de luz”, completou um sacerdote.

O secretário particular de Bento XVI, recentemente consagrado bispo, dom Georg, vai acompanhar o papa na vida monástica.

O porta-voz da Santa Sé não confirmou a escolha do banqueiro belga Bernard de Corte para a presidência do IOR, o banco do Vaticano.

Uma escolha que o papa Bento XVI poderá fazer nos próximos dias ou horas, talvez no último decreto do seu pontificado.

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